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SE 15 - Laicidade e Democracia em Perspectiva
Resumo da atividade
Este Simpósio integra e dá sequência à agenda de atividades da Comissão de Laicidade e Democracia/CLD da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), no âmbito das Reuniões Brasileiras de Antropologia/RBA, realizadas em 2020 e em 2022. Reconhecendo a centralidade de modalidades específicas de engajamento político de sujeitos religiosos na arena pública, temos debatido sobre como eles têm construído um lugar de reconhecimento público e como nesses debates se destacam a maneira como a noção de conservadorismo cristão é utilizada e difundida em diversos espaços, bem como os usos de expressões discursivas de intolerância e de racismo religioso na defesa por direitos de uma maioria religiosa brasileira. Na 34ª RBA, convidamos pesquisadores e integrantes da sociedade civil para uma discussão conjunta sobre as formas da atuação pública da religião, considerando as eleições majoritárias de 2024 e como os conservadorismos religiosos têm se articulado em torno de uma agenda moral contra os direitos das mulheres, LGBTs e demais minorias religiosas, sociais e étnicas ganhando importância eleitoral e maior presença na agenda política e na do Estado. Assim, o Simpósio visa contribuir para a reflexão de temas estruturantes da sociedade brasileira ressaltando a validade dos aportes antropológicos para uma análise densa sobre os cenários contemporâneos bem como sua contribuição para uma formação social plural, ética e democrática.
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Coordenação:
Mariana Ramos de Morais (UFRJ)
Tatiane dos Santos Duarte (UNB)
Sessão 1 - O que a antropologia tem a dizer sobre as ações de Intolerâncias e Racismos Religiosos no território nacional?
Participante(s):
Leonardo Oliveira de Almeida (cebrap)
Patricio Carneiro Araújo (UNILAB)
Taissa Tavernard de Luca (UEPA)
Debatedor(a):
Tatiane dos Santos Duarte (UNB)
Sessão 2 - A vocação antropológica em prol das diversidades: desafios apresentados pelo cenário político.
Participante(s):
Marcelo Tavares Natividade (NEPP-DH-UFRJ)
Naara Lúcia de Albuquerque Luna (UFRRJ)
Debatedor(a):
Lia Zanotta Machado (UnB)
Sessão 3 - Roda de Conversa|O papel da sociedade civil no enfrentamento aos conservadorismos religiosos.
Participante(s):
Célia Gonçalves Souza (FE)
Fátima Regina Gomes Tavares (UFBA)
José Antonio Miranda Sepulveda (UFF)
Mauro Luiz da Silva (PUC MINAS)
Debatedor(a):
Mariana Ramos de Morais (UFRJ)
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SE 01: A noção de periferia e algumas questões transversais: Estado, territórios, cuidados, fluxos e violências
Resumo da atividade
A noção de periferia foi construída em oposição à noção de “centro”, seu par antagônico por excelência. Há alguns anos, as “margens”, conceitualmente elaboradas por Das e Poole, estabeleceram a abordagem quase consensual dos estudos do urbano direcionados às regiões de pobreza nas cidades. Hoje é preciso outro rumo, menos direcionado e fixado para certos territórios da “margem” e mais para os fluxos e as diferenças que os atravessam. As dinâmicas plurais ganham preeminência vis a vis às fronteiras físicas visto que estabelecem diferencialmente seus territórios e relações. A transversalidade ganha importância já que estamos analisando um campo múltiplo que envolve instituições estatais, agências midiáticas, forças religiosas, intervenções judiciais, políticas e interesses econômicos de modo interdependente. Discutiremos as suas faces e os seus fluxos em variadas periferias através dos tópicos:
- Políticas de cuidados, tramas institucionais e violência : significados do habitar, seus efeitos e impactos no cotidiano.
- Vigilância/segurança: formas de controle e arranjos de poder: há governos plurais, constelados e conflituosos, nas periferias?
- Deslocamentos, fluxos, circulação, precariedades: experiências dos moradores frente às hierarquias e aos poderes locais e estatais.
Coordenação:
Patrícia Birman (UERJ)
Sessão 1 - Políticas de cuidados, tramas institucionais e violência
Participante(s):
Adriana dos Santos Fernandes (UERJ)
Carly Barboza Machado (UFRRJ)
Joana da Silva Barros (UNIFESP)
Debatedor(a):
Regina Célia Reyes Novaes (UNIR)
Sessão 2 - Vigilância/segurança: formas de controle e arranjos de poder
Participante(s):
Edson Miagusko (UFRRJ)
Márcia da Silva Pereira Leite (UERJ)
Mariana Magalhães Pinto Côrtes (UFU)
Debatedor(a):
Cibele Saliba Rizek (USP)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Deslocamentos, fluxos, circulação, precariedades
Participante(s):
Ana Luiza Vieira Gonçalves (UFABC)
Cleiton Machado Maia (UERJ)
Gabriella Duarte Dantas De Biaggi (UNIFESP)
Igor Moreira de Sousa Pinto (SEDUC-CE)
Mariana Tavares Ferreira (SUS)
Nildamara Theodoro Torres (Iniciativa PIPA)
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SE 02: Ações Afirmativas: Impactos e Desafios para a Antropologia Brasileira
Resumo da atividade
O Simpósio Especial proposto para a 34ª Reunião Brasileira de Antropologia foca nas ações afirmativas e seu impacto abrangente na Antropologia. Este simpósio visa proporcionar uma discussão profunda sobre como as ações afirmativas estão reformulando o ensino e a prática da Antropologia no Brasil, com uma atenção especial para a importância das comissões de heteroidentificação.
Os eixos temáticos detalhados são:
1. Ações Afirmativas: Muito Além das Cotas
Exploração da amplitude das ações afirmativas, examinando como vão além das cotas e afetam o ambiente acadêmico e social.
2. Comissões de Heteroidentificação e o Debate Antropológico sobre Identidades e Identificação
Análise crítica das comissões de heteroidentificação, abordando seu papel crucial nas políticas de ações afirmativas. Este eixo se concentrará na forma como essas comissões contribuem para o debate sobre identidade e corporalidade, destacando sua relevância no contexto da Antropologia.
Ações Afirmativas no Conteúdo do Ensino em Antropologia
3. Avaliação do impacto das ações afirmativas no currículo de Antropologia, com foco na inclusão de uma gama diversificada de perspectivas e autores.
4. Ações Afirmativas e o Mercado de Trabalho Antropológico
Discussão sobre como as ações afirmativas estão influenciando as oportunidades de carreira e a prática profissional na Antropologia.
Coordenação:
Edilma do Nascimento Souza (UNIVASF)
Gilson José Rodrigues Junior (IFRN)
Sessão 1 - Muito além das cotas: ações afirmativas de entrada e permanência e as comissões de heteroidentificação
Participante(s):
Ana Clara Sousa Damásio dos Santos (UNB)
Marina Prado Santiago (UFPB)
Priscila de Alantino Braz Silva (UFRRJ)
Debatedor(a):
Christina Gladys de Mingareli Nogueira (UFPE)
Sessão 2 - Racializando os canônes: a urgência das ações afirmativas no ensino de antropologia
Participante(s):
Beatriz Martins Moura (Ministério das Mulheres)
Daniel Alves de Jesus Figueiredo (UFMG)
Milton Ribeiro da Silva Filho (UEPA)
Debatedor(a):
Carlos Benedito Rodrigues da Silva (UFMA)
Sessão 3 - Roda de Conversa|E agora, para aonde ir: antropologia brasileira e o mercado de trabalho
Participante(s):
Antônia Gabriela Pereira de Araújo (Harvard)
Eliene Rodrigues Putira Sacuena (UFPA)
Juliana Cintia Lima e Silva (Museu Nacional)
Layla Ingridy de Melo Nascimento (UFRN)
Luana Braga Batista (Fundo Agbara)
Mauro Cordeiro de Oliveira Junior (Colégio Pedro II)
Debatedor(a):
Gilson José Rodrigues Junior (IFRN)
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SE 03: Antropologia e Saúde: epidemias, iniquidades e o trabalho antropológico
Resumo da atividade
Nas últimas décadas, as situações persistentes e negligenciadas de saúde que atingem o país passaram a ser acompanhadas por novas epidemias de saúde: SARS, Zika e mais recentemente a Covid-19 são alguns exemplos que se articulam a contextos endêmicos, marcadamente disseminados e intensificados por iniquidades raciais, sociais, de gênero, sexualidade, território, entre outras. Neste simpósio especial, organizado pelo Comitê de Antropologia e Saúde, pretende-se colocar em debate: 1) as múltiplas dimensões sociais e políticas de epidemias, endemias e emergências de saúde, problematizando seus enquadramentos (ou não) como crises, as formas desiguais com que se articulam e os desafios para seu enfrentamento; e 2) os modos com que antropólogas/os/es, em diferentes espaços e modalidades de atuação profissional, são interpeladas/os/es pelos desafios dessas situações de saúde e como lançam mão da bagagem e do repertório da antropologia para pensar e agir diante desses contextos. O simpósio será organizado em duas sessões, com os títulos a seguir: Sessão 1 - "Epidemias, crises, emergências e negligências" e Sessão 2 - "O trabalho antropológico no campo da saúde".
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Coordenação:
Rita de Cássia Maria Neves (UFRN)
Rosana Maria Nascimento Castro Silva (UERJ)
Sessão 1 - Epidemias, crises, emergências e negligências
Participante(s):
Ana Cláudia Rodrigues da Silva (UFPE)
Cristina Dias da Silva (UFJF)
Rozeli Maria Porto (UFRN)
Debatedor(a):
Ednalva Maciel Neves (PPGA)
Sessão 2 - O trabalho antropológico no campo da saúde
Participante(s):
Camilo Albuquerque de Braz (UFG)
Waleska de Araujo Aureliano (UERJ)
Ximena Pamela Claudia Diaz Bermudez (UNB)
Debatedor(a):
Rogerio Lopes Azize (UERJ)
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SE 04: Antropologia sob o signo da urgência
Resumo da atividade
Novos tempos, novas guerras e massacres, novas epidemias: o que a antropologia tem a dizer sobretudo tendo como referência o seu lugar num campo que mobiliza tantos agentes internacionais entre profissionais especializados, jornalistas e órgãos de comunicação, mídias sociais, organizações multilaterais e agências humanitárias que atuam no terreno e, por vezes, representam forças beligerantes e/ou antagônicas? Sob o signo da urgência o antropólogo mobiliza distintas formas de pesquisa de campo como traz para o debate anos por vezes décadas de conhecimento acumulado sobre uma determinada população, região ou problemática. Este campo tenso de conflitos e catástrofes, e num movimento que certamente não é novo, é também um universo de atuação profissional de antropólogos e antropólogas para além da pesquisa: reconfigurações da clássica “antropologia aplicada” fazem de nossos pares agentes no terreno da ação, produzindo relatórios, indicando diretrizes, sistematizando informação, propondo políticas que, certamente, estão longe de promover qualquer tipo de consenso em nosso campo profissional.
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Coordenação:
Kelly Cristiane da Silva (UNB)
Sessão 1 - A Antropologia diante das guerras contemporâneas
Participante(s):
Paolo Israel (University of the Western Cape)
Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto (UFF)
Virginia R. Dominguez (illinois)
Sessão 2 - Missões de paz e mediações possíveis
Participante(s):
Ana Elisa de Figueiredo Bersani (FJLES)
Kelly Cristiane da Silva (UNB)
Marcelo Moura Mello (UFBA)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Humanitarismos
Participante(s):
Ana Elisa Santiago (UFSCAR)
Jean Segata (UFRGS)
Leonardo Schiocchet (Universidade de Viena)
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SE 05: Antropologia visual, re-existências e mundo porvir
Resumo da atividade
Pretendemos discutir os desafios e as re-existências da antropologia visual diante das múltiplas
crises em mundos porvir. Nesse sentido, buscaremos debater sobre a potencialidade das imagens para frutificar futuros ancestrais mais que humanas e telas plurais, em um diálogo
transversal entre cinema, fotografia, desenho, entre outras grafias, como modo de imaginar "ideias para adiar o fim do mundo" (Krenak). Para tanto, este Simpósio terá a seguinte composição. A primeira mesa "Imagens emergentes e futuros ancestrais", pretende discutir a produção visual indígena abordando cinema, fotografia e desenho com a presença de Rubem Caixeta (UFMG), Edgar Xakriaba (Povo Xakriabá), Tatiana Lotierzo (USP), Rumi Kubo (UFRGS) e Ana Lúcia Ferraz (UFF). A segunda mesa, "Imagens vivas e telas plurais" abordará pesquisas audiovisuais, sobre mais humanos, povos negros e quilobolas. Será composta por Rafael Devos (UFSC), Patricia Pinheiro (UFPB), Pedro Davi (Curador Festival de Tiradentes), Luis Felipe Hirano (UFG) e Anelise Guterres (MN/UFRJ). Por fim, a roda de conversa, intitulada Transversalidades entre artes, antropologias e saberes visa travar um diálogo entre diferentes formas expressivas, a relação com a antropologia e outros saberes como os dos indígenas, negros, jangadeiros e coletivo de mulheres arpilleiras. Contaremos com Viviane Vedana (UFSC), Barbara Copque (UERJ) e Ralyanara Freire (SEDUC) e com a mediação de Fabiana Bruno (Unicamp).
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Coordenação:
Fabiana Bruno (IFCH-Departamento Antropologia/ LA'GRIMA)
Luis Felipe Kojima Hirano (UFG)
Sessão 1 - Imagens emergentes e futuros ancestrais
Participante(s):
Edgar Nunes Corrêa (UFMG)
Ruben Caixeta de Queiroz (UFMG)
Rumi Regina Kubo (UFRGS)
Debatedor(a):
Ana Lúcia Marques Camargo Ferraz (UFF)
Sessão 2 - Imagens vivas e telas plurais
Participante(s):
Patrícia dos Santos Pinheiro (UFPB)
Pedro David de Oliveira Castello Branco (art)
Rafael Victorino Devos (UFSC)
Debatedor(a):
Anelise dos Santos Gutterres (UFRJ)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Transversalidades entre artes, antropologias e saberes
Participante(s):
Bárbara Andréa Silva Copque (UERJ)
Ralyanara Moreira Freire (Ciranda da Arte/Seduc-GO)
Tatiana Helena Lotierzo Hirano (USP)
Viviane Vedana (UFSC)
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SE 06: Antropologia, Direitos Humanos e Ciências Forenses
Resumo da atividade
Nas últimas décadas, um movimento global de ascensão das ciências forenses vem impactando o campo humanitário. Desde os processos de busca e identificação de desaparecidos pelas ditaduras militares latino-americanas, a crescente introdução de fazeres científicos na lida com violações humanitárias transferiram para os vestígios materiais a qualidade probatória antes centrada nos testemunhos das vítimas. O termo giro forense assinala os impactos do desenvolvimento desse “ramo científico” em termos de uma mudança de paradigma nos processos de busca por Memória, Verdade, Justiça e Reparação. Nesse mesmo movimento, a perícia no Brasil tem passado por debates estruturais que colocam em evidência modelos e protocolos de atuação. A maior parte das investigações periciais são feitas por agentes vinculados à Polícia Civil ou à Secretaria de Segurança Pública. A nomeação enquanto "Polícia Científica", debate no Congresso Nacional para alteração constitucional, explicita como atribuições cotidianas se relacionam na produção da verdade e justiça. Ao pôr em relação ambos os contextos, o objetivo deste SE, proposto pela Comissão de Direitos Humanos da ABA, é articular pesquisadoras/es, peritas/os, militantes e familiares de vítimas para dialogar como práticas e saberes diversos têm sido acionados nas lutas por justiça e como noções de "ciência" são manejadas na defesa de direitos, na aplicação de novas tecnologias e no desenvolvimento de experiências práticas de contra investigação forense.
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Coordenação:
Flavia Medeiros Santos (UFSC)
Sessão 1 - SESSÃO 1 – Laudos periciais, documentos e burocracias estatais: desafios nas lutas por justiça
Participante(s):
Alexandre Giovanelli (Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro)
Maria Julia Miranda Baltar da Rocha (Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro)
Natália Barroso Brandão (Ineac)
Debatedor(a):
Liliana Sanjurjo (UERJ)
Sessão 2 - SESSÃO 2 – Tecnologias digitais, inovação e produção da verdade: experiências práticas de contra Investigação forense
Participante(s):
Desirée de Lemos Azevedo (UNIFESP)
Flávia Palladino (Goldsmiths)
Ricardo Urquizas Campello (PPGAS/UNICAMP)
Debatedor(a):
Liliana Sanjurjo (UERJ)
Sessão 3 - SESSÃO 3 – Roda de Conversa|Mobilizações, familiares de vítimas e defesa de direitos: articulação de saberes e lutas por memória, verdade, justiça e reparação
Participante(s):
Ana Paula de Oliveira (Universidade Estácio de Sá)
Catarina Heralda Ribeiro da Silveira (UFF)
Juliana Farias (UERJ)
Natasha Brusaferro Riquelme Elbas Neri (UFF)
Debatedor(a):
Liliana Sanjurjo (UERJ)
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SE 07: Antropologias mundiais: Politicas associativas, políticas da etnografia (WCAA/ABA)
Resumo da atividade
Sem dúvida alguma, a antropologia brasileira tem desempenhado papel de destaque na formação e desenvolvimento de associações antropológicas mundiais (como a WCAA e IUAES), regionais (como a ALA) e encontros acadêmicos transnacionais (como a RAM e a REA), como também no que concerne à excelência de sua produção etnográfica. Embora a maioria dessa produção continue a ser parte de uma antropologia feita em casa, ou anthropology at home, tem havido desde a década de 1980 um aumento no contingente de antropólogas e antropólogos do Brasil a realizar etnografias em diferentes partes do globo. Nesse cenário, esse simpósio especial tem como objetivo entrecruzar reflexões sobre políticas associativas mundiais/regionais com reflexões sobre a políticas de etnografias realizadas em diversos contextos nacionais. Dessa perspectiva, a primeira sessão reunirá lideranças da WCAA/WAU e ALA que apresentarão e discutirão as questões cruciais confrontadas no passado e no presente por suas associações e seus planos para o futuro, incluindo paradigmas sobre as antropologias mundiais. Já os participantes da segunda sessão, antropólogas e antropólogos do Brasil, refletirão sobre a política, prática e produção etnográfica em outros contextos nacionais
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Coordenação:
Bela Feldman-Bianco (UNICAMP)
Sessão 1 - Políticas Associativas
Participante(s):
Cristiana Lage David Bastos (UNiversidade de Lisboa)
Gordon Mathews (Chinese University of Hong Kong e WCAA)
Gustavo Lins Ribeiro (UAM)
Debatedor(a):
Carmen Silvia de Moraes Rial (UFSC)
Sessão 2 - Políticas de Etnografia
Participante(s):
Jaqueline Lima Santos (UNICAMP)
Omar Ribeiro Thomaz (UNICAMP)
Rodrigo Charafeddine Bulamah (UERJ)
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SE 08: As escolas como arena, instrumento e alvo de disputas públicas
Resumo da atividade
Este Simpósio visa reunir aportes para a análise de disputas públicas que têm as escolas como arena, instrumento e alvo. Algumas dessas disputas são antigas no Brasil, como as relacionadas ao ensino religioso, cívico e moral ou as permanentes tentativas de reforma educacional – vide o “Novo Ensino Médio”. Outras são recentes, como os enfrentamentos em torno da “ideologia de gênero”, da “escola sem partido”, do homeschooling, da militarização das escolas ou da resposta e explicações aos ataques armados em escolas pelo país afora. Propomos que no cerne dessas disputas estão os direitos conquistados por grupos historicamente marginalizados; primeiro as mulheres e o movimento feminista, no raiar do século XX e, depois, as pessoas LGBTQ+, negros, povos indígenas, comunidades quilombolas, jovens e crianças, imigrantes, etc. Tais avanços concretizam-se no âmbito escolar nas modalidades especializadas da educação, no ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena e nas ações afirmativas, por exemplo. Contudo, existe ao mesmo tempo um movimento de agendas ultraconservadoras, mais visível entre os adultos, mas também presente entre os mais jovens, nas escolas, na forma de posturas antifeministas, racistas, xenófobas, LGBTQfóbicas e que banalizam ou exaltam abertamente a desigualdade e a violência. O Simpósio foca nos paradoxos do discurso da diversidade neste contexto e nos desafios etnográficos e analíticos colocados pela experiência daqueles que vivenciam estes fenômenos.
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Coordenação:
Guillermo Vega Sanabria (UFBA)
Sessão 1 - Etnografia de/nas escolas, educação e democracia
Participante(s):
Antonella Maria Imperatriz Tassinari (UFSC)
Bóris Maia e Silva (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Emilene Leite de Sousa (UFMA)
Debatedor(a):
Mylene Mizrahi (PUC-RIO)
Sessão 2 - Ensinando “temas sensíveis” na escola
Participante(s):
Anna Paula Vencato (UFMG)
Lívia Tavares Mendes Froes (IFBAIANO)
Maria Filomena Gregori (UNICAMP)
Debatedor(a):
Paulo Victor Leite Lopes (UFRN)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Da sociabilidade e das formas de violência nas escolas
Participante(s):
Ana Maria Rabelo Gomes (UFMG)
Nathalie Le Bouler Pavelic (paris 8)
Rodrigo Pereira da Rocha Rosistolato (UFRJ)
Debatedor(a):
Diogenes Egidio Cariaga (UEMS)
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SE 09: Comitê Inserção Profissional / ABA: percursos e atuações da antropologia contemporânea.
Resumo da atividade
O presente Simpósio objetiva criar um espaço de debate em torno da atuação de profissionais da antropologia no Brasil. Visa apresentar os principais objetivos e atividades desenvolvidas pelo Comitê Inserção Profissional/ABA a partir da interlocução com diferentes coletivos de antropólogas/os. Intenta proporcionar reflexões a respeito da prática profissional diante do avanço de cursos, sem a devida qualificação, destinados a uma suposta formação antropológica, somados às ameaças e violências sofridas por antropólogas/os nos últimos anos a partir da ação de diversos setores, principalmente aqueles vinculados ao capital privado, cujos interesses se opõem aos direitos humanos e territoriais dos sujeitos envolvidos na pesquisa antropológica. Trata-se de reunir esforços com vistas à construção de estratégias coletivas em defesa do fazer antropológico em diferentes campos de atuação (órgãos do Estado, ONGS, consultorias,profissionais autônomos, academia).
Coordenação:
Breno Trindade da Silva (NEPPAMCs-UFMG)
Mariana Balen Fernandes (UFRB)
Sessão 1
Participante(s):
Diana Dianovsky (iphan)
Januaria Pereira Mello (INCRA)
Ugo Maia Andrade (UFS)
Debatedor(a):
Luís Guilherme Resende de Assis (MPF)
Sessão 2
Participante(s):
Beatriz Accioly Vaz (MPF)
Patrick Arley de Rezende (UFMG)
Vanessa Flores dos Santos (INCRA)
Debatedor(a):
Breno Trindade da Silva (NEPPAMCs-UFMG)
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SE 10: Democracias, conflitos e viradas autoritárias em contextos africanos
Resumo da atividade
No marco dos 30 anos da eleição de Nelson Mandela na África do Sul e da derrocada do regime do regime apartheid, esta proposta de Simpósio Especial e Roda de Conversa tem por objetivo refletir sobre os dilemas e limites das experiências democráticas em países do continente africano. Além do marco sul-africano, os efeitos dos levantes populares no norte da África contra as ditaduras locais nos anos 2010 e os 50 anos da independência dos PALOP’s também nos trazem elementos importantes de reflexão sobre a diversidade de experiências de democracia no continente. Como argumenta o antropólogo sul-africano Archie Mafeje, a democracia não é um conceito unívoco. Trata-se de um processo social e histórico múltiplo que foi e vem sendo vivido diferentemente por países africanos. A década de 1990 assistiu a uma virada dos modelos institucionais de governança no continente. Este período coincide com o fim da Guerra Fria, que havia influenciado fortemente as lutas contra a dependência colonial. Os movimentos de libertação surgidos a partir da formação de uma consciência nacionalista, ligados ao pan-africanismo e ao pan-islamismo deram origem a governos que dialogaram de formas variadas com este modelo bipolar global. Hoje um novo desenho geopolítico emerge e novos desafios se colocam para as sociedades africanas. Importa a este SE e RC refletir sobre este processo no momento em que países do Norte e do Sul Globais enfrentam golpes militares, novos conflitos e a ascensão da extrema-direita.
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Coordenação:
Laura Moutinho (USP)
Luena Nascimento Nunes Pereira (UFRRJ)
Sessão 1 - Democracia na África do Sul: 30 anos da eleição de Nelson Mandela – inspiração ou sombra?
Participante(s):
Fiona Ross (UCT)
Laura Moutinho (USP)
Paulo Sérgio da Costa Neves (UFABC)
Debatedor(a):
Thais Henriques Tiriba (USP)
Sessão 2 - Democracia, golpes e conflitos no Norte da África
Participante(s):
Denise Dias Barros (USP)
Houda Blum Bakour (UFF)
Mahfouz Ag Adnane (Casa das Áfricas - Amanar.)
Debatedor(a):
Gisele Fonseca Chagas (UFF)
Sessão 3 - Roda de Conversa| 50 anos da independência dos PALOP’s
Participante(s):
Alessandra Kelly Tavares de Oliveira (USP)
Artemisa Odila Candé Monteiro (UNILAB)
Eunice Borges (ubuntu escrevivencias)
Francisco Paolo Vieira Miguel (UNICAMP)
Paulo Ricardo Müller (UFFS)
Zacarias Milisse Chambe (UniRovuma)
Debatedor(a):
Luena Nascimento Nunes Pereira (UFRRJ)
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SE 11: Disputas fundiárias em contextos de instabilidade
Resumo da atividade
Disputas fundiárias têm longa continuidade histórica no Brasil, ganhando nova tração nos últimos anos à medida que acontece uma corrida global por terras, com aquisição massiva de áreas (land grabbing) para expansão da fronteira agropecuária, mineral e de produção energética. O Estado tem incidido diretamente, ampliando instrumentos de “governança”, com novas políticas públicas de cadastro, regularização fundiária, titulação, demarcação. Ademais, estados brasileiros possuem ordenamento jurídico e histórico de repasse fundiário distintos, sobretudo na Amazônia legal, contribuindo para a instabilidade da posse efetiva da terra, favorecendo ilegalismos desde grilagens a invasões, passando por sobreposições de terras, até mesmo atividade mineradora em terras indígenas. Ao mesmo tempo, surgem diversas mobilizações contra expropriações ou realizando ocupações e retomadas, com diversidade de pautas e atores (sem-terras, indígenas, povos e comunidades tradicionais), retratados em diversos trabalhos antropológicos.
Neste Simpósio Especial, propomos tratar dessas questões focando a dinâmica das disputas fundiárias em áreas de fronteira (tema da primeira sessão), e os modos como se produz a mobilização reivindicando o acesso à “terra” e “território” (tema da segunda sessão). Concluiremos as discussões com uma roda de conversa junto a interlocutoras/es de movimentos e organizações sociais acerca das mais recentes configurações que as disputas fundiárias vêm assumindo em suas localidades.
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Coordenação:
Manuela Souza Siqueira Cordeiro (UFRR)
Sessão 1 - Disputas fundiárias em áreas de fronteira
Participante(s):
Katiane Silva (UFPA)
Marcos Antonio Barbosa de Almeida (TJRR)
Renata Barbosa Lacerda (UFRJ)
Debatedor(a):
Marisa Barbosa Araújo (UFV)
Sessão 2 - Mobilização social em áreas de disputas fundiárias
Participante(s):
Daniela Fernandes Alarcon (Ministério dos Povos Indígenas)
Davi Pereira Junior (UEMA)
Igor Rolemberg Gois Machado (UFRRJ)
Debatedor(a):
Claudia Mura (UFAL)
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SE 12: Etnografias das práticas de conhecimentos no Sistema Único da Assistência Social
Resumo da atividade
Este SE, proposto pela Comissão de Direitos Humanos (CDH/ABA), pretende reunir pesquisas sobre os efeitos e as transformações nas relações entre as pessoas e o Estado a partir da criação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) no Brasil - um dos grandes marcos pré e pós-constituinte para a definição de políticas de seguridade social e de garantia de direitos aos cidadãos e cidadãs.
A Constituição Federal de 1988 definiu em seus artigos 203 e 204 os princípios e normas da política da assistência social brasileira: descentralizada e tripartite. Meia década depois foi publicada a LOAS (Lei nº 8742/1993) regulamentando os direitos sociais necessários para a erradicação da pobreza e à ruptura com práticas assistencialistas e desfragmentadas. Em 2006, a Resolução nº 296 (CNAS/MDS) aprovou as NOB-RH, um avanço para definições sobre financiamento, benefícios, programas, projetos e equipes para atuação nos centros de referência da Assistência Social (CRAS e CREAS).
Neste SE pretendemos dar relevo às experiências de pesquisas e de atuação de profissionais da Antropologia no campo da Assistência Social, organizado em três sessões temáticas de acordo com os temas dados/dus pesquisadores/as/us convidades Nos interessam trabalhos sobre e com coletivos em diferentes territórios e contextos etnográficos, atravessados por redes e fluxos que interseccionam (ou não) as relações geracionais, de gênero, étnico-raciais e os saberes e fazeres mobilizados na efetivação dessa política.
Coordenação:
Diogenes Egidio Cariaga (UEMS)
Flavia Melo da Cunha (UFAM)
Sessão 1
Participante(s):
Flávia Ferreira Pires (UFPB)
Flavia Melo da Cunha (UFAM)
Lucia Pereira (UFGD)
Debatedor(a):
Tatiane Vieira Barros (IFCE)
Sessão 2
Participante(s):
Diogenes Egidio Cariaga (UEMS)
Marcelo Giacomazzi Camargo (Universidade de Brasília)
Tatiane Vieira Barros (IFCE)
Debatedor(a):
Lucia Pereira (UFGD)
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SE 13: Experiências de descolonização em museus e coleções indígenas
Resumo da atividade
É extensa a bibliografia sobre descolonização, abrangendo a América e outros continentes. Mas são poucos os relatos sobre iniciativas concretas nesta direção, como veio a ocorrer no Museu Kanak de Noumea, em museus americanos ,canadenses e africanos (vide a coletânea "De acervos coloniais aos museus indígenas", Pacheco de Oliveira & Santos, 2019). No Brasil trabalhos pioneiros foram desenvolvidos desde 1991 no Museu Maguta dos indígenas Tikuna (AM), no Museu Kwari dos povos indígenas do Amapá, no Museu Índia Vanuíre dos Kaingang (SP) e no Museu do Povo Kanindé (CE), além de iniciativas mais recentes. O Simpósio Especial aqui proposto busca reunir e possibilitar um diálogo entre uma geração mais nova de pesquisadores indígenas diretamente envolvidos na formação de coleções contemporâneas. As apresentações terão como foco principal as experiências desenvolvidas pelos indígenas no contexto de museus e exposições, devendo contemplar tanto os esforços de compreensão etnográfica e análise dos artefatos, quanto outras questões relativas ao exercício de uma curadoria. A colaboração ativa das comunidades de origem, assim como com antropólogos e instituições deve ser igualmente ressaltada. Os debates devem conduzir a um aprofundamento das questões relativas à pesquisa e curadoria de coleções formadas por indígenas, permitindo apreender a sua originalidade e os desafios futuros (científicos, administrativos e jurídicos).
Coordenação:
João Pacheco de Oliveira Filho (UFBA)
Tonico Benites (FUNAI)
Sessão 1 - Coleções e patrimônios nacionais
Participante(s):
Bartolomeu Cícero dos Santos (UFRJ)
Gliceria Jesus da silva (UFRJ)
Sokrowe Karaja (Aldeia Hawaló)
Debatedor(a):
Tonico Benites (FUNAI)
Sessão 2 - Museus de povos indígenas
Participante(s):
Kassia Angela Lod Moraes Galiby (Museu Kuahí)
Salomão Inácio Clemente (Museu Magüta)
Suzenalson da Silva Santos (UFC)
Debatedor(a):
Manuel Ferreira Lima Filho (UFG)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Experiências múltiplas de produção de memórias
Participante(s):
Altaci Corrêa Rubim (UNB)
Arissana Braz Bomfim de Souza (CEICV)
Creuza Virgilio (artesã)
Dirce Jorge (anroni)
José Tarisson Costa da Silva Nawa (Defensoria Pública da União)
Rafael Santana Gonçalves de Andrade (Museu Antropológico-UFG)
Debatedor(a):
Renata Curcio Valente (Museu Nacional UFRJ)
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SE 14: Histórias plurais e situadas da antropologia: novos horizontes metodológicos e temáticos
Resumo da atividade
Muitas são as controvérsias sobre a história da antropologia, suas práticas de representação e metodologias de pesquisa. Todavia há um consenso de que a antropologia deve se adaptar às mudanças e desafios socioculturais e políticos, redefinindo seu papel no mundo contemporâneo. A proposta do simpósio é refletir, problematizar e discutir histórias da antropologia no Brasil a partir de perspectivas críticas e interpretativas mais recentes que põem em relevo processos de descentramento de narrativas e de sujeitos, tendo como ponto de inflexão a pluralidade de enfoques temáticos, de estilos, com ênfase no papel de marcadores sociais da diferença como gênero, raça/etnia, orientação sexual, gerações e deficiência nesta revisão de nossa história. Novos desafios teórico-metodológicos para a tarefa de descrever e interpretar contextos intelectuais e políticos da prática disciplinar servirão como fio condutor das apresentações e dos debates propostos neste Simpósio Especial com as seguintes sessões.
Sessão 1 - Considerações metodológicas e éticas para a pesquisa em histórias da antropologia
Antonio Motta (coord) - Mariza Peirano, Christiano Tambascia e Vinicius Ferreira
Sessão 2 - Histórias das mulheres na antropologia: o que nos ensinam?
Miriam Grossi (coord)- Candice Vidal e Souza, Denise Cruz e Janaina Damasceno
Sessão 3 - Roda de conversa: Historiografias situadas da antropologia em diálogo com movimentos sociais
com Anahi Mello, Jamile Borges, Rivelino Barreto e Sil Nascimento
Listar Resumos/Trabalhos
Coordenação:
Antonio Carlos Motta de Lima (UFPE)
Miriam Pillar Grossi (UFSC)
Sessão 1 - Considerações metodológicas e éticas para a pesquisa em histórias da antropologia
Participante(s):
Christiano Key Tambascia (UNICAMP)
Miriam Pillar Grossi (UFSC)
Vinicius Kauê Ferreira (UERJ)
Debatedor(a):
Antonio Carlos Motta de Lima (UFPE)
Sessão 2 - Histórias das mulheres na antropologia: o que nos ensinam?
Participante(s):
Candice Vidal e Souza (PUC MINAS)
Denise Ferreira da Costa Cruz (UNILAB)
Janaina Damaceno Gomes (UERJ)
Sessão 3 - Roda de Conversa| Historiografias situadas da antropologia em diálogo com movimentos sociais
Participante(s):
Anahí Guedes de Mello (Anis - Instituto de Bioética)
Jamile Borges da Silva (UFBA)
João Rivelino Rezende Barreto (UFSC-SC)
Silvana de Souza Nascimento (USP)
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SE 16: Mediação de Conflitos Ambientais e seus desdobramentos sobre as Formas de Matar, de Morrer e de Resistir: balanço da última década
Resumo da atividade
O SE discutirá os efeitos políticos e institucionais de princípios desenhados em nome da sustentabilidade sobre processos em curso no Brasil. Enfoque será dado às estratégias de construção de consensos, mesas de diálogo e participação em conflitos ambientais. Interessa refletir sobre deslocamentos que acomodaram negociações de diferentes ordens (direitos, leis, territórios locais, regulamentação ambiental). Em que medida a participação tutelada em espaços institucionais tem produzido o silenciamento de grupos subalternos, perpetuando as desigualdades ambientais na forma de violência lenta (Zhouri, 2020)? Por outro lado, a última década tem se caracterizado por perdas céleres e reconquistas árduas no jogo democrático devido aos avanços da ultradireita sobre o aparato e o modus operandi estatal. Direitos socioambientais foram solapados e aprofundaram as descompensações sociais e econômicas; foi multiplicada a cultura do ódio e a negação das diferenças, recrudescendo práticas persecutórias e de criminalização de movimentos sociais. Como os pontos de inflexão política e econômica incidiram sobre as orientações institucionais no tema socioambiental? Como essas lidaram com a racionalidade prevalente sobre mediação de conflitos ambientais? Será feito balanço analítico de uma década do debate iniciado em 2012 no seminário Formas de Matar, de Morrer e de Resistir: limites da resolução negociada de conflitos ambientais organizados pelas proponentes na UFMG.
Coordenação:
Andréa Luisa Zhouri Laschefski (UFMG/ABA)
Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio (UFSCAR)
Sessão 1 - A institucionalização dos dispositivos de diálogo e mediação de conflitos
Participante(s):
Eliane Cantarino O'Dwyer (UFF)
Marcos Cristiano Zucareli (UFRJ)
Rafael Mello Portella Campos (Defensoria Pública- ES)
Debatedor(a):
Edna Ramos de Castro (UFPA/ SBS)
Sessão 2 - O reconhecimento dos direitos em situações de mediação de conflitos
Participante(s):
Cleyton Henrique Gerhardt (UFRJ)
Maria Fernanda Salcedo Repolês (UFMG)
Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza (UPE)
Debatedor(a):
Sonia Maria Simões Barbosa Magalhães Santos (UFPA/ABA)
Sessão 3 - Roda de Conversa
Participante(s):
Filovalter Moreira dos Santos Junior (DEFENSORIA PÚBLICA/SP)
Horácio Antunes de Sant'Ana Júnior (UFMA)
Marino D'Angelo Júnior (CABF - Atingido Mariana)
Patricia Generoso Thomaz Guerra (REAJA, Atingida pelo Projeto Minas- Rio)
Sara Rodrigues Lima (Ribeirinha da Volta Grande do Xingu)
Zoraide Souza Pessoa (UFRN)
Debatedor(a):
Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio (UFSCAR)
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SE 17: Mudanças climáticas e desigualdade ambiental no Brasil
Resumo da atividade
A crise do clima integra as agendas de governos, instituições e as pautas de movimentos sociais, tornando-se tema central de políticas em todo o mundo. Frequentemente associada a fenômenos de ampla escala planetária ou geológica, a busca por soluções para este problema tem levado os especialistas a transcenderem as fronteiras entre análises científicas, perspectivas críticas aos modelos de desenvolvimento vigentes e a difusão de princípios morais, ideológicos ou existenciais. As mudanças climáticas são amplamente enquadradas sob as perspectivas da modernização ecológica e da gestão humanitária de desastres e conflitos, as quais frequentemente negligenciam os processos históricos que expõem certos grupos sociais a maiores riscos e condições de vulnerabilidade socioambiental. A Antropologia, em diálogo com outros saberes, fornece uma grande contribuição ao debate, ao promover aproximações entre análises multiescalares e multissituadas, e caracterizar densamente práticas e discursos relacionados à questão pública climática. Este simpósio especial reúne pesquisadores e especialistas para refletir sobre esse cenário e os arranjos de governança ambiental destinados a enfrentá-lo no contexto brasileiro. O tema da justiça climática também será tratado a partir da perspectiva de movimentos sociais, pessoas afetadas por desastres e conflitos socioambientais, além de representantes de organizações voltadas à redução das desigualdades ambientais no país.
Listar Resumos/Trabalhos
Coordenação:
Deborah Bronz (UFF)
Raquel Oliveira Santos Teixeira (UFMG)
Sessão 1 - A questão climática no Brasil
Participante(s):
Henri Acselrad (Professor colaborador UFRJ)
Sineia Wapichana (Coiab - Comitê Indígena de Mudanças Climáticas (CIMC))
Sessão 2 - Governança ambiental: políticas públicas, convenções e mercados
Participante(s):
Aurélio Vianna Junior (The Tenure Facility)
Caio Pompeia Ribeiro Neto (UFV)
Victor Marchezini (Cemaden)
Debatedor(a):
Antonio Carlos de Souza Lima (UFRJ)
Sessão 3 - Roda de conversa sobre justiça climática e desigualdade ambiental
Participante(s):
Maria Suellen Timoteo Correa (SEEDUC RJ)
Rosenilda Botelho Gomes (SEMEC)
Simone Maria da Silva (professora)
Debatedor(a):
Raquel Maria Rigotto (UFMA)
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SE 18: Novos cenários nas instituições de ensino superior: ampliação do acesso, permanência e debates sobre as, carreiras e epistemologias
Resumo da atividade
Nas ultimas décadas, as universidades brasileiras passaram por profundas mudanças no perfil discente com o advento das leis de ações afirmativas, uma grande vitória dos movimentos negros e outros movimentos sociais organizados. Esse processo se junta a outros que já estavam em curso e que se intensificaram: as ações afirmativas e políticas de equidade se estendem para outros setores como o corpo docente, técnico- administrativo e até mesmo os cargos de gestão das universidades; situações de assédio são desnaturalizadas; constituem-se espaços institucionais de ampliação da equidade, diversidade e inclusão e iniciativas relativas à garantia dos direitos de estudantes trans, docentes e funcionárias trans e pelos direitos relacionados à maternidade nas carreiras científicas. Em função dessas transformações, também presenciamos uma demanda por novas epistemologias acadêmicas que privilegiem autoras e autores de grupos minorizados, além de um debate mais amplo sobre equidade. Este Simpósio Especial é organizado pelo Comitê de Gênero e Sexualidade e Comissão de Direitos Humanos, e tem como objetivo refletir sobre o novo momento dentro destas instituições a partir do aumento da presença de atores/as. A ideia é ampliar a reflexão sobre os debates e inicativas dessas/es novas/es/os atoras/es, compreender quais os impactos, disputas e políticas que estão atualmente na arena acadêmica e como têm estado em diálogo com o fazer antropológico.
Coordenação:
Ana Paula da Silva (UFF)
Regina Facchini (UNICAMP)
Sessão 1 - Sujeitas/os racializadas/os: ampliação do acesso à universidade para pessoas pretas, pardas e indígenas e as novas demandas acadêmicas.
Participante(s):
Ana Paula da Silva (UFF)
Angela Figueiredo (UFRB)
Lauriene Seraguza olegário e Souza (UFGD)
Debatedor(a):
Jacqueline Moraes Teixeira (UNB)
Sessão 2 - Gênero, ampliação do acesso, permanência, carreiras e epistemologias
Participante(s):
Brume Dezembro Iazzetti (Universidade Cornell)
Heloisa Buarque de Almeida (USP)
Rebeca Buzzo Feltrin (Col)
Debatedor(a):
Regina Facchini (UNICAMP)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Ciência e política: produção de conhecimento acadêmico e as relações com movimentos sociais
Participante(s):
Ian Guimarães Habib (UFBA)
Marco Aurelio Maximo Prado (UFMG)
Roberto Marques (URCA)
Sérgio Luís Carrara (UERJ)
Stephanie Pereira de Lima (InternetLab)
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SE 19: O Debate Contemporâneo sobre Masculinidades Negras
Resumo da atividade
O debate sobre masculinidades negras tem escalado na esfera pública brasileira, correlacionando-se de modo transversal à discussão sobre a violência antinegra e ao genocídio do povo negro; ao estudos em educação e/ou no espaço escolar e suas contradições impasses; junto as políticas queer de sexualidade, arte e ativismo; e mesmo na discussão sobre políticas públicas e ações afirmativas raciais no âmbito do Estado. Na antropologia social brasileira, o campo se equilibra entre os estudos raciais e de gênero e progride em franca interdisciplinaridade, tematizando alguns dos principais desafios que interpelam nossa disciplina, justamente nessa conjugação interseccional e interdisciplinar. Nesse simpósio propomos um balanço crítico do campo, com ênfase para contribuição etnográfica assim como para a articulação das questões desenvolvidas no âmbito do movimento social e no debate público.
Coordenação:
Osmundo Santos de Araújo Pinho (UFRB)
Sessão 1 - Interpelando Masculinidades Negras
Participante(s):
Osmundo Santos de Araújo Pinho (UFRB)
Waldemir Rosa (UNILA)
Sessão 2 - Etnografando Masculinidades Negras
Participante(s):
Alan Augusto Moraes Ribeiro (UFOPA)
Rolf Malungo Ribeiro de Souza (UFF)
Vinícius Santos da Silva (UFS)
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SE 20: O que ameaça o presente e o futuro dos povos indígenas no Brasil?
Resumo da atividade
O Simpósio Especial (SEs) ‘O que ameaça o presente e o futuro dos povos indígenas no Brasil?” ao tempo em que se inspira na carta aberta de Dinamam Tuxá (coordenador executivo da APIB e assessor jurídico da APOINME) e Felipe Tuxá (Depto de Antropologia da UFBA, membro da Articulação Brasileira de Antropólogos Indígenas e vice-presidente da Associação Nacional Indigenista (ANAI), “Carta para um Brasil que nunca se quis indígena”, tenta enfrentar o desafio de examinar a questão básica ali problematizada, ou seja, “Qual é [...] o problema dos povos indígenas?“ Essa questão básica, por sua vez, se desdobrará em dois eixos, i.e., (1) a “violência não contingencial” – físico-existencial, simbólica e emocional -- exercida contra os povos indígenas; e (2) a memória, que os dois autores referidos consideram “O mastro para a condução de um futuro para um Brasil que seja, também, indígena” (Carta para um Brasil...). O primeiro eixo será desenvolvido em duas sessões.
A Roda de Conversa (RCs) “Lembrar para não Esquecer” tratará do segundo eixo, por meio dos temas da criação do Monte Pascoal e do “Fogo de 1951’, um evento crítico que, até o presente, acarreta graves consequências, sociais, políticas e emocionais, para os Pataxó da Aldeia de Barra Velha, no extremo-sul da Bahia. As dimensões de gênero e geração terão, na RC, especial relevância, abrangendo, complementarmente, as perspectivas teórico-reflexiva e vivencial
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Coordenação:
Maria Rosário Gonçalves de Carvalho (Univeridade Federal da Bahia /UFBA)
Sessão 1 - “violência não contingencial” – físico-existencial, simbólica e emocional -- exercida contra os povos indígenas;
Participante(s):
Jurema Machado de Andrade Souza (UFRB)
Luana da Silva Cardoso (UFPA)
Maria Rosário Gonçalves de Carvalho (Univeridade Federal da Bahia /UFBA)
Debatedor(a):
Leandro Marques Durazzo (UFRN)
Sessão 2 - A Memória: o mastro para a condução de um futuro para um Brasil que seja, também, indígena
Participante(s):
Edwin Boudewijn Reesink (UFPE)
Felipe Bruno Martins Fernandes (UFBA)
Mauricio Caviedes (UFBA)
Debatedor(a):
Nathalie Le Bouler Pavelic (paris 8)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Lembrar para não Esquecer
Participante(s):
Anari Braz Bomfim (ONG)
Ane Kethleen Ferreira da Silva
Antônia Santana Braz (UFBA)
Genilson dos Santos de Jesus (UFBA)
Rosimar Braz de Araújo (UFESBA)
Rutian do Rosário Santos (UFBA)
Debatedor(a):
Marcio Tadeu Maia de Almeida Malta (University of Florida)
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SE 21: Patrimônios culturais em países de língua portuguesa: decolonialidade e reparação no contexto contemporâneo
Resumo da atividade
Nas últimas décadas, o tema dos patrimônios culturais ganhou destaque no conjunto de várias áreas disciplinares. A Antropologia está comprometida com este debate tanto no plano nacional, quanto mundial, produzindo pesquisas, atuando em políticas e ações em articulação com movimentos sociais, e operando categorias analíticas nas agências governamentais e não governamentais. A partir dos patrimônios e museus em países de língua portuguesa, entre Brasil, Portugal e Moçambique, apresentaremos as demandas por reconhecimento de identidades (sobretudo de grupos menos hegemônicos ou vulneráveis), por reparação, a luta por direitos sociais, bem como os movimentos de revisão das representações em espaços públicos, como a toponímia e os monumentos que fazem referência a um passado colonialista, patriarcal e escravagista. Nos sítios patrimoniais, o passado e a memória em disputa se fazem presentes por meio de afirmações de identidade e diferença articuladas com as políticas de reconhecimento. Este Simpósio visa pôr em debate valores e escalas variadas - espaços museais, pequenas e grandes cidades, patrimônios nacionais e mundiais, de forma articulada e comparada. Objetivamos analisar similaridades e diferenças de cada contexto (1) à democracia nos processos decisórios; (2) aos resultados alcançados quanto às demandas por reconhecimento; (3) aos obstáculos enfrentados; (4) às categorias usadas no conjunto da gramática patrimonial; (4) às mais diversas formas narrativas e performáticas.
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Coordenação:
Izabela Maria Tamaso (UFG)
Renata de Sá Gonçalves (UFF)
Sessão 1 - Patrimônios, cidades e reparação
Participante(s):
Joana Ramalho Ortigão Corrêa (UFRJ)
Pedro Henrique Baima Paiva (NIPAM-UFG)
Simone Pondé Vassallo (UFF)
Debatedor(a):
Izabela Maria Tamaso (UFG)
Sessão 2 - Patrimônios, cidades e decolonialidade
Participante(s):
Ema Cláudia Ribeiro Pires (UFG)
Izabela Maria Tamaso (UFG)
Renata de Sá Gonçalves (UFF)
Debatedor(a):
Daniel Bitter (UFF)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Patrimônios, decolonialidade e reparação
Participante(s):
Daniel Roberto dos Reis Silva (CNFCP/IPHAN)
Hugo Menezes Neto (UFPE)
Patricia Martins (Ministério da Cultura)
Vinícius Ferreira Natal (CEFET)
Debatedor(a):
Renata de Sá Gonçalves (UFF)
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SE 22: Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos: entre margens, fissuras e reconstruções
Resumo da atividade
As grandes corporações vêm pressionando, por meio de movimentos neoextrativistas, as diferentes regiões do Brasil. Essa pressão sobre os recursos naturais, e consequente adoecimento do território, se consolida por meio das atividades minerárias, exploração da biodiversidade e mesmo pelo agronegócio, dentre outras atividades de alto impacto socioambiental, tecendo paralelos entre si por meio da desconsideração da ocupação ancestral de povos e comunidades tradicionais sobre esses territórios e suas relações simbióticas com a natureza. No entanto, os silêncios, os sussurros, gritos e resistências daqueles que são o centro do sistema, dado que garantem a proteção dos territórios, ainda que tratados como periferia, figuram como tema a ser fortemente e continuamente tratado. Esse contexto tem se constituído principal objeto de reflexões teóricas e ações políticas do Comitê Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos no interior da ABA. O posicionamento institucional deste comitê tem constituído por um modo peculiar de produzir conhecimento público e na intensa interação com a dinâmica da conjuntura. O objetivo deste Simpósio Especial é discutir sobre tais contextos no âmbito da RBA, de modo a refletir sobre as interfaces entre o fazer antropológico e a violação de direitos dos povos e do meio ambiente. Para tanto, articula suas sessões em 3 eixos: ameaças, estratégias de defesa e formas de resistência.
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Coordenação:
Hélder Ferreira de Sousa (Universidade Federal do Delta do Parnaíba)
Voyner Ravena Cañete (UFPA)
Sessão 1 - Ser o centro, estar na margem: ameaças aos povos e comunidades tradicionais no Brasil
Participante(s):
Jesus Rosário Araújo (UNIFEI)
Joana Sirley da Costa Porto (UFG)
Rafael Paiva de Oliveira Diaz (UFPA)
Debatedor(a):
Felisa Cançado Anaya (UNIMONTES-MG)
Sessão 2 - Construções e estratégias para a defesa dos povos
Participante(s):
Carlos Frederico Marés de Souza Filho (PUCPR)
Florêncio Almeida Vaz Filho (UFOPA)
Neirevane Nunes Ferreira de Souza (UNIMA AFYA)
Debatedor(a):
Henyo Trindade Barretto Filho (UNB)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Entre silêncios, sussurros, gritos e resistências
Participante(s):
Adair Pereira de Almeida (Conselheiro)
Ana Flávia Moreira Santos (UFMG)
Célia Nunes Corrêa (Câmara Federal)
Liana Amin Lima da Silva (UFGD)
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SE 23: Territórios quilombolas, reconexões e reconstrução dos modos de vida
Resumo da atividade
O Simpósio Especial pretende refletir sobre as formas de resistência produzidas pelas diferentes comunidades quilombolas do país diante da perspectiva modernizadora e desenvolvimentista adotada pelo Estado brasileiro que tem resultado em diferentes impactos sobre os territórios e comprometido as possibilidades de reprodução de modos de vida nestes lugares. Apesar do processo de redemocratização em curso no atual governo, o cenário ainda é marcado por retrocessos no campo dos direitos, desmonte de órgãos e políticas de proteção e paralisação dos processos de regularização fundiária. Soma-se a isso os efeitos causados pelo acelerado processo de mudanças climáticas, que tem potencializado a desigualdade social, a injustiça fundiária, o racismo ambiental, a precarização dos modos tradicionais de vida, entre outros. Ademais, registra-se o enfrentamento de diferentes ordens de conflitos socioterritoriais decorrentes da implementação de projetos de desenvolvimento nos territórios, desastres sociotécnicos e medidas administrativas que tem desconsiderado e desrespeitado direitos constitucionais assegurados. Pretende-se neste espaço promover o diálogo entre a produção antropológica, diferentes ativismos, movimentos sociais e estratégias de proteção de modos de vida e permanência nos territórios, além de identificar ações de enfrentamento às mudanças climáticas e aos movimentos pelo fortalecimento, defesa, reconstrução de modos de vida e reconexões com os territórios.
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Coordenação:
Aderval Costa Filho (UFMG)
Raquel Mombelli (aba)
Sessão 1
Participante(s):
Edna Correia de Oliveira (Presidenta da Federação N'Golo")
Juliene Pereira dos Santos (UFOPA)
Sérgio Góes Telles Brissac (Ministério Público Federal)
Debatedor(a):
Aderval Costa Filho (UFMG)
Sessão 2
Participante(s):
Luzinete Serafim Blandino (ES)
Osvaldo Martins de Oliveira (UFES)
Simony Jesus (Pitagoras)
Debatedor(a):
Emmanuel de Almeida Farias Junior (UEMA)
Sessão 3 - Roda de Conversa
Participante(s):
Aderval Costa Filho (UFMG)
Edna Correia de Oliveira (Presidenta da Federação N'Golo")
Luzinete Serafim Blandino (ES)
Sérgio Góes Telles Brissac (Ministério Público Federal)
Simony Jesus (Pitagoras)
Debatedor(a):
Raquel Mombelli (aba)
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SE 24: Territórios, etnocídio e criminalização indígena
Resumo da atividade
A Constituição Federal de 1988 representou um grande avanço para os povos indígenas, sendo reconhecidos nesta Carta direitos fundamentais, como às terras tradicionalmente ocupadas, e a emancipação do regime de tutela, a que eram anteriormente submetidos, sancionando também o fato de o Brasil ser uma nação multiétnica e pluricultural. Há que se observar, porém, que a aplicação dos ditames constitucionais, desde sua promulgação, não tem sido algo simples e linear, apresentando-se significativos obstáculos, por setores da sociedade nacional contrários a estes princípios. Tais obstáculos, inclusive, durante o recente governo ultraconservador de Jair Bolsonaro, chegaram a se tornar políticas de Estado. A tentativa de barrar as demarcações de terras indígenas, através de um marco temporal não previsto na Constituição, a invasão de terras indígenas, para as mais diversas atividades ilegais (como garimpo, mineração e arrendamento), com uma destruição sistemática de ecossistemas, impacta e vulnerabiliza enormemente os princípios vitais dos povos indígenas. A este quadro há que se somar a crescente criminalização de pessoas indígenas e a retirada de crianças para adoção por não indígenas. Em resumo de todo este grave cenário, revelam-se práticas de genocídio e de ecocídio, que, em sua sistemática e perdurabilidade, levam a caracterizar formas contemporâneas de etnocídio, algo que o presente simpósio pretende debater.
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Coordenação:
Edviges Marta Ioris (UFSC)
Elaine Moreira (UNB)
Sessão 1 - Encarceramento e adoção indígena: produção de vulnerabilidade e invisibilidade étnica
Participante(s):
Antonio Hilario Aguilera Urquiza (UFMS)
Felipe Kamaroski (Governo do Paraná)
Stephen Grant Baines (UNB)
Debatedor(a):
Alexandra Barbosa da Silva (UFPB)
Sessão 2 - Ataque aos direitos territoriais indígenas: Marco temporal, invasão e exploração nas TIs
Participante(s):
Andrey Cordeiro Ferreira (UFRRJ)
Fabio Mura (UFPB)
Mauricio Terena (APIB)
Debatedor(a):
Estêvão Martins Palitot (UFPB)
Sessão 3 - Roda de conversa |Etnocídio, Ecocídio e genocídio
Participante(s):
Deborah Duprat (oab)
Fabio Mura (UFPB)
Joziléia Daniza Jagso Inacio Jacodsen Schild (ANMIGA)
Luciano Mariz Maia (MPF)
Paulo Machado Guimarães (Associação de Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania - ADJC)
Debatedor(a):
Alexandra Barbosa da Silva (UFPB)
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SE 25: Uma 'Antropologia implicada' nos tempos e espaços rurais: homenagem a Carlos Rodrigues Brandão
Resumo da atividade
Carlos Rodrigues Brandão foi antropólogo e educador incansável e deixou-nos um legado imenso. Por ocasião do primeiro ano da sua partida (julho de 2023), propomos, neste Simpósio Especial, abordar as temáticas centrais de sua obra, apontando as contribuições e as perspectivas abertas por seus estudos. C. Brandão dedicou as suas pesquisas ao mundo da vida e do trabalho camponês e às culturas populares - a religião, as festas e seus ritos. Também integrou aos seus estudos a dimensão ambiental dos cenários e vidas rurais. A abertura para o outro sempre esteve presente não somente no antropólogo, mas também no educador. "Educação e cultura popular" se constituíram em um outro campo vigoroso de investigação do antropólogo. Quando nos referimos a uma Antropologia Implicada (Bruce Albert, 1995), evocamos a sua prática de pesquisa e de produção de conhecimento compromissada intelectual e eticamente com a situação vivenciada pelas comunidades estudadas. Para debater os aportes trazidos e as perspectivas abertas pelos seus estudos, contaremos com a participação de antropólogas, antropólogos, representantes de movimentos sociais e povos tradicionais. A terceira sessão será uma Roda de Conversa que contemplará também depoimentos, versos e cantos, evocando a partilha de saberes sempre vivida por C. R. Brandão. Como ele próprio refletiu na Introdução de Etnocartografias do São Francisco (2013:13): "saibamos alargar até a fronteira aberta da arte os territórios das ciências humanas".
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Coordenação:
Andréa Maria Narciso Rocha de Paula (UNIMONTES)
Emilia Pietrafesa de Godoi (UNICAMP)
Sessão 1 - O trabalho da terra e do saber: educação, meio-ambiente e trabalho
Participante(s):
Luzimar Paulo Pereira (UFJF)
Neusa Maria Mendes de Gusmão (UNICAMP)
Renata Medeiros Paoliello (UNESP)
Debatedor(a):
John Cunha Comerford (UFRJ)
Sessão 2 - Cantar, dançar e rezar: religiosidades populares e rituais camponeses
Participante(s):
Carlos Alberto Steil (Unicamp)
Carmem Lúcia Rodrigues (UNIFAL-MG)
Wagner Neves Diniz Chaves (UFRJ)
Debatedor(a):
Wilson Rogério Penteado Júnior (UFRB)
Sessão 3 - Roda de Conversa|Carlos Rodrigues Brandão: antropólogo e professor engajado
Participante(s):
Alik Wunder (Unicamp)
Andréa Maria Narciso Rocha de Paula (UNIMONTES)
Letícia Aparecida Rocha (Conselho Pastoral dos Pescadores - MG)
Lucimar Magalhães de Albuquerque (PUC MINAS)
Simone de Souza (Escola Estadual da Fazenda Passagem Funda)
Yan Victor Leal da Silva (UNIMONTES)
Debatedor(a):
Emilia Pietrafesa de Godoi (UNICAMP)
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