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OF 07: O quê e Quem (não) contam os números: metodologias colaborativas para mensurar as violências de Estado
Resumo da atividade
A oficina retoma curso de extensão ministrado pela proponente na Universidade Federal do Paraná (UFPR), e avança na direção de refletir sobre os resultados parciais de um dos eixos do projeto ABA/FORD sobre Territorialidades, Meio Ambiente, Violência Estatal e Direitos Humanos. Centrada na análise antropológica de narrativas numéricas, a oficina pretende reunir pessoas com (ou interessadas em) pesquisas e ativismos dedicados a identificar, mapear e registrar diferentes formas de violações perpetradas pelo Estado em diferentes configurações e contextos. Interessa-nos provocar o intercâmbio de ferramentas, experimentos e incursões, principalmente em colaboração com movimentos e organizações sociais, para mensurar violências de Estado, como aquelas perpetradas, por exemplo, contra pessoas encarceradas e seus familiares; contra pessoas LGBTQIA+; mulheres; povos indígenas e populações tradicionais.
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Coordenação:
Karina Biondi (UEMA)
Flavia Melo da Cunha (UFAM)
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OF 01: Confabulações tecnopoéticas e imaginações mediadas por IAs
Resumo da atividade
A IA está presente em nosso cotidiano por meio de softwares, programados para automatizar tarefas simples, desde bots de pesquisa até assistentes pessoais. Destarte plataformas online de síntese de imagens, como DALL-E 2 e Stable diffusion, criam imagens a partir de comandos como “/imagine”, seguido de palavras-chave ou pequenos textos. Há nesse processo imaginativo, um engajamento entre algoritmos e humanos, pois quando pedimos às máquinas que imaginem elas respondem de acordo com o contexto descrito e os detalhes fornecidos pelo humano. Por outro lado, elas nos farão imaginar a partir de elementos imprevistos, suscitando novas questões e ideias. A expansão dos recursos fornecidos pela IA gera questões éticas importantes, especialmente quando pensada em associação à ideia de verdade. Ademais, em um mundo cada vez mais individualista, a automação de atividades criativas, tanto a estilos quanto às emoções, deve ser problematizada. Nesta oficina, pretendemos experimentar ferramentas de geração de imagens, compreendendo o engajamento entre humanos e máquinas como uma forma de confabulação tecnopoética. Interessa-nos pensar e discutir de que modos as ferramentas de geração de imagens criam novos instrumentos científicos, ampliam a capacidade humana de produzir narrativas a partir das pesquisas de campo e, por fim, quais as implicações ético-estéticas, poéticas e políticas da popularização das imagens produzidas por IAs, considerando o campo da antropologia visual e multimodal.
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Coordenação:
Daniele Borges Bezerra (UFPEL)
Jesus Marmanillo Pereira (UFPB)
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OF 02: Desenho-conhecer e outras amarrações antropológicas
Resumo da atividade
Essa oficina é parte das atividades do Prêmio Pierre Verger e visa explorar potenciais do conhecimento antropológico pelo desenho e pelo bordado, conectando ministrantes com experiência em artes visuais, antropologia e arte-educação a participantes que se interessem em descobrir modos de fazer etnografia e compor saberes através dessas práticas. A oficina tem três sessões, oferecidas por Alexandre Alexandrino, antropólogo e artista, com ênfase em processos de construção de visualidades afro-ameríndias; pela antropóloga Ralyanara Freire, que conduzirá uma atividade com a arpillera, prática de bordar histórias, articulando narrativas da vida cotidiana à resistência contra a violência e o colonialismo; pela antropóloga, quadrinista e arte-terapeuta Rachel Paterman e a antropóloga Júlia Misto Rodrigues, em torno do desenho etnográfico. Atuarão como coordenadoras/mediadoras as antropólogas Tatiana Lotierzo, Sophia Pinheiro, Karina Kuschnir e Aina Azevedo.
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Coordenação:
Aina Guimarães Azevedo (UFPB)
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OF 03: Dicas para pedir financiamento para chamadas da Wenner-Gren
Resumo da atividade
Esta oficina visa compartilhar ferramentas para facilitar a obtenção de financiamentos da Wenner-Gren Foundation, com foco nos Dissertation Fieldwork Grant e Engaged Research Grant. Serão abordarão elementos do "grant writing": como estruturar respostas, discutir bibliografia e definir a contribuição do projeto. Além disso, a oficina visa contribuir para a pluralização de vozes no fazer antropológico. Priorizaremos participantes negres, indígenas, quilombolas, pessoas trans/travestis, ciganes e pessoas com deficiência (PcD). Desafiando as diversas desigualdades que estruturam e norteiam os rumos do país, assim como da disciplina, essas estudantes recusam a posição de “pesquisadas” e tomam para si o lugar de produtoras do conhecimento científico. A oficina
busca auxiliá-las na captação de recursos, promovendo um ambiente coletivo de produção de conhecimento e fortalecendo as candidaturas ao financiamento. As duas primeiras sessões discutirão o Dissertation Fieldwork Grant. A primeira será exclusiva
para participantes de um programa de desenvolvimento de projetos de sete semanas. Na segunda sessão será realizada uma discussão intensiva sobre estratégias de solicitação desse financiamento. Participantes dessa sessão devem trazer um rascunho completo do projeto (em inglês ou em português). Finalmente, na terceira sessão, abordaremos o Engaged Research Grant, que apoia parcerias de pesquisa com grupos que têm sido historicamente objetos de investigação antropológica.
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Coordenação:
Luísa Reis Castro (Universidade do Sul da Califórnia (USC))
Brendane Arrica Tynes (Wenner-Gren Foundation)
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OF 04: Direitos Humanos, Políticas Públicas e Antropologia
Resumo da atividade
A partir da experiência de uma rede formada por seis grupos de pesquisa liderados por antropólogas em universidades no estado do Rio de Janeiro, a oficina pretende estimular o diálogo e a reflexão crítica sobre a relação entre direitos humanos e políticas públicas a partir da perspectiva antropólogica. Para tanto, a atividade se desenvolverá em três sessões. A primeira será dedicada a uma reflexão teórico-conceitual acerca dos direitos humanos, abordando o caráter polissêmico dessa categoria tão presente no cotidiano e ainda pouco compreendida. A segunda versará sobre a relação entre os direitos humanos e as políticas públicas, abordando as implicações teóricas e práticas dessa última categoria nas sociedades democráticas. A terceira discutirá o papel do antropólogo e da ciência antropológica nesse campo, as distintas formas de atuação e as contribuições para a promoção dos direitos humanos e o enfrentamento às violações desses direitos. Ao longo das sessões, pretende-se trabalhar situações empíricas relacionadas a estudos etnográficos em torno de temas como: violência institucional e demandas por justiça, refúgio e migrações, habitação, educação e desigualdades urbanas, meio ambiente e povos tradicionais, modos de governo e desigualdades de gênero. Com isso, a oficina busca construir um espaço fértil de interlocução e produção de conhecimento em torno de questões fundamentais nas plataformas atuais das ciências sociais e na agenda política e social.
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Coordenação:
Lucia Eilbaum (UFF)
Deborah Bronz (UFF)
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OF 05: Drama, performances e suas Antropologias: breve mergulho entre técnicas teatrais e saberes tradicionais no giro da decolonialidade
Resumo da atividade
A partir da experiência de uma rede formada por seis grupos de pesquisa liderados por antropólogas em universidades no estado do Rio de Janeiro, a oficina pretende estimular o diálogo e a reflexão crítica sobre a relação entre direitos humanos e políticas públicas a partir da perspectiva antropólogica. Para tanto, a atividade se desenvolverá em três sessões. A primeira será dedicada a uma reflexão teórico-conceitual acerca dos direitos humanos, abordando o caráter polissêmico dessa categoria tão presente no cotidiano e ainda pouco compreendida. A segunda versará sobre a relação entre os direitos humanos e as políticas públicas, abordando as implicações teóricas e práticas dessa última categoria nas sociedades democráticas. A terceira discutirá o papel do antropólogo e da ciência antropológica nesse campo, as distintas formas de atuação e as contribuições para a promoção dos direitos humanos e o enfrentamento às violações desses direitos. Ao longo das sessões, pretende-se trabalhar situações empíricas relacionadas a estudos etnográficos em torno de temas como: violência institucional e demandas por justiça, refúgio e migrações, habitação, educação e desigualdades urbanas, meio ambiente e povos tradicionais, modos de governo e desigualdades de gênero. Com isso, a oficina busca construir um espaço fértil de interlocução e produção de conhecimento em torno de questões fundamentais nas plataformas atuais das ciências sociais e na agenda política e social.
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Coordenação:
Rubens Alves da Silva (UFMG)
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OF 06: Éticas em pesquisa e o espírito cartorial do sistema CEP/CONEP: desafios para a antropologia
Resumo da atividade
A proposta desta Oficina consiste em apresentar, em linhas gerais, o sistema CEP/CONEP (Comitês de Ética em Pesquisa/ Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), desenvolver discussões sobre a regulação e a governança científica no domínio da ética em pesquisa com seres humanos no Brasil e aprofundar reflexões sobre os desafios enfrentados por antropólog@s diante das exigências impostas por esse sistema. Buscaremos expor e analisar as dificuldades, barreiras e alternativas que permitam suplantar as amarras burocráticas e cartoriais estruturantes do sistema, bem como os caminhos para que ele auxilie pesquisador@s e garanta direitos fundamentais a participantes de pesquisas. Cada sessão da oficina identificará algumas dinâmicas do sistema, suas lógicas de regulação, seus efeitos para pesquisas em diferentes âmbitos e grupos e que alternativas existem para trocas parceiras entre pesquisador@s e pareceristas de CEPs. Também abordaremos as consequências do PL 7082/2017 para as ciências humanas e sociais. A Oficina se engaja nas atividades do Comitê de Ética em Pesquisa nas Ciências Humanas da Associação Brasileira de Antropologia, cujo objetivo é difundir esse campo e produzir melhores entendimentos das dinâmicas de governança da ética científica. Serão, por fim, pautados casos que exemplificam a diversidade das práticas etnográficas e como já foram ou não possíveis diálogos entre perspectivas plurais de garantias éticas e o espírito cartorial do sistema CEP/CONEP.
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Coordenação:
Hully Guedes Falcão (Fiocruz)
Fábio Reis Mota (Departamento de Antropologia)
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OF 08: Prêmio Pierre Verger : diálogos sobre filmes etnográficos
Resumo da atividade
O Prêmio Pierre Verger, foi criado em 1996 pela Associação Brasileira de antropologia (ABA) e é promovido bianualmente pelo Comitê de Antropologia Visual (CAV). O Prêmio Pierre Verger é um dos principais festivais competitivos de obras fílmicas, fotograficas e gráficas produzidas no âmbito de pesquisas antropológicas na América Latina.
Nesta Oficina, propomos um espaço de debate e reflexão com autores/as dos Filmes Etnográficos selecionados pela Comissão Organizadora da edição de 2024. Considerando a relevância e amplitude deste Prêmio, bem como a complexidade, o investimento epistêmico, sensível, técnico, metodológico e estético envolvidos na preparação dos filmes concorrentes, convidamos especialistas para discorrerem sobre as obras fílmicas e interagirem com seus/suas autores/as. Através da partilha com estes profissionais e com o público, pretendemos problematizar o lugar assumido pela linguagem imagética nestas pesquisas, seja associando a exposição a experiências etnográficas singulares, seja como lugar de pensamento e experimentação do próprio tema e das escolhas formais e narrativas do filme. Trata-se de uma oficina que pretende problematizar o lugar assumido pela linguagem imagética nas pesquisas antropológicas a partir das obras fílmicas selecionadas na Mostra, com a participação de três especialistas convidados, autores dos filmes, e dirigidas a um público mais amplo
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Coordenação:
Lisabete Coradini (UFRN)
Anelise dos Santos Gutterres (UFRJ)
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OF 09: Prêmio Pierre Verger: Diálogos sobre Fotografia
Resumo da atividade
O Prêmio Pierre Verger (PPV), criado em 1996 pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), consolidou-se como espaço incontornável para a circulação de pesquisas antropológicas expressas por meio de fotografias, filmes e desenhos. As obras premiadas passam a integrar um circuito de Mostras Itinerantes do Prêmio Pierre Verger, que percorrem várias regiões do país e do exterior. Nesta Oficina, a proposta é abrir o diálogo com realizadores e realizadoras sobre a relevância da pesquisa com e por imagens para os estudos etnográficos empreendidos, sendo uma ocasião especial para o debate e a reflexão acerca dos processos de pesquisa com fotografias. Esse espaço será um lugar de diálogos sobre ensaios, obras e instalações fotográficas, seus processos de construção de narrativas, formas edição, montagens, dimensões estéticas e éticas e poéticas.
Considerando a relevância do PPV, especialistas serão convidadas e convidados para comentarem as obras, ensaios e instalações fotográficas, interagindo com realizadoras e realizadores participantes da Oficina. Cada uma das duas sessões previstas contará com um debatedor ou uma debatedora e o objetivo será gerar reflexões e celebrarmos a Mostra do PPV e os realizadores e realizadoras que a tornaram possível o PPV, estimulando jovens pesquisadoras e pesquisadores a pensar a imagem como modo de conhecimento antropológico.
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Coordenação:
Fabiana Bruno (IFCH-Departamento Antropologia/ LA'GRIMA)
Edgar Nunes Corrêa (UFMG)
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OF 10: Protocolos Autônomos em contextos de Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos de Povos e Comunidades Tradicionais
Resumo da atividade
Os protocolos autônomos de consulta e consentimento prévio, livre e informado são instrumentos jurídicos e políticos elaborados pelos povos e comunidades tradicionais que objetivam a defesa de seus territórios e a manutenção de seus modos de vida, para que sejam respeitadas suas especificidades culturais e formas de organização social. São elaborados através do exercício da autodeterminação que exige respeito à temporalidade e organização social de cada grupo. O avanço de grandes empreendimentos sobre os territórios tradicionais tem colocado esse instrumento em disputa, com vistas a viabilização de licenciamentos ambientais e a implementação de projetos desenvolvimentistas. Diante deste contexto, observa-se a tentativa do Estado de trazer a regulamentação deste processo para si. Frente a estes impasses e desafios colocados para os povos e para a prática antropológica, o Comitê Povos Tradicionais, Meio Ambiente e Grandes Projetos, juntamente com o Observatório de Protocolos Autônomos Comunitários propõem esta atividade, em continuidade às discussões realizadas na oficina Desafios no processo de implementação dos Protocolos Comunitários de CCPLI", ministrada na XIV RAM 2023. Esta edição busca aprofundar as reflexões em torno das experiências de elaboração e implementação desses protocolos, as tentativas de regulamentação do direito à consulta prévia e sobretudo, as formas pelas quais pesquisadores têm se inserido nesses processos na América Latina.
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Coordenação:
Felisa Cançado Anaya (UNIMONTES-MG)
Rumi Regina Kubo (UFRGS)
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