Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 045: Economias, políticas e territorialidades indígenas e negras: cenários de conflito, mudança social e identidade étnica
Remoções no Rio de Janeiro: o racismo como vetor do apagamento da existência negra através do branqueamento do território e invisibilidade de seus corpos
Com a chegada de um número maior de negros nas universidades e na pós-graduação, tornou-nos não só protagonistas das pesquisas, mas os pesquisadores que introduzirão a situação dos negros na sociedade brasileira visto e sentido não como um objeto de estudo distante. Falarmos e escrevermos sobre a construção do conceito de raça e a falácia da democracia racial, ajuda a compreendermos e repercutirmos as várias facetas do racismo, das políticas de branqueamento do território (apagando o simbolismo do território, destruindo monumentos, ruas ou praças entre outros), das desigualdades sociais e econômicas e do massacre da subjetividade do povo negro. Esse trabalho pretende enfocar a expropriação das sociabilidades das mulheres negras removidas de seus territórios pela ação do Estado entre os anos de 2009 e 2016, na figura da prefeitura do Rio de Janeiro. Essa política de deslocamento forçado se alicerça na hegemonia de poder branca e racista que visa o branqueamento do território.
Palavras-chaves: Racismo, território, mulheres, sociabilidades, deslocamentos forçados
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