Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 089: Quilombos: processos de territorialização, movimentos sociais e conflitos
A Geografia do Cimarronaje no MERCOSUL. Movimentos Sociais Afrodescendentes entre velhas e novas
tensões.
Durante as últimas décadas, algumas transformações se desenvolveram no campo social e político nos
países do MERCOSUL, fazendo parte deste cenário complexo as mobilizações e reivindicações de diversos
setores sociais, como os povos frodescendentes, denunciando a invisibilidade histórica e o racismo
estrutural. (ALMEIDA, 2020), como política dos Estados. Assim, estes processos de transformações sociais têm
permitido a reengenharia da participação cidadã e novas estratégias para os anunciados processos de
reconhecimento e inclusão, sendo as políticas culturais e, especialmente, as políticas de Património
Cultural uma das áreas intervencionadas para concretizar a empresa. Precisamente, no âmbito das políticas de
alguns estados latino-americanos no
âmbito das mobilizações sociais por reivindicações de inclusão dirigidas às populações afrodescendentes, o
Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), através da Comissão do Patrimônio Cultural, aprovou, em 2017, o projeto de
declaração patrimonial A geografia do Cimarronaje. Cumbes, quilombos e palenques do MERCOSUL, projeto
promovido pela República Bolivariana da Venezuela, pela República Federativa do Brasil e, pela República do
Equador. Dessa forma, por meio deste documento que representa um trecho do trabalho de tese, propomos
discutir as tensões e conflitos gerados na disputa pelo reconhecimento e redistribuição de recursos entre os
novos protagonismos e os estados signatários do projeto de patrimônio cultural.
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