ISBN: 978-65-87289-36-6 | Redes sociais da ABA:
Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 046: Educação diferenciada e territorialidades: fazeres, conflitos e resistências
Breve análise sobre a educação oferecida aos Indígenas Tembé: discursos, memórias e relatos da escola do SPI, FUNAI e SEDUC-PA no Posto Indígena Tembé.
Este artigo analise a História da Educação Escolar Indígena Tembé do Alto Rio Guamá. Fizemos isto, através da noção de Processo de Territoriazalição e Situação Histórica, categorias que nos ajudaram a refletir sobre as escolas que se estabeleceram em aldeias nesta Terra Indígena. Pois, durante mais de cinquenta anos de escola, os Tembé passaram por diversas experiências no que diz respeito a educação oferecida dentro de suas aldeias. Ou seja, tanto pelo Serviço de Proteção ao Índio, Fundação Nacional do Índio ou Secretaria Estadual de Educação, o que se teve/tem são processos marcados por rupturas e alianças entre o grupo Tembé e tais órgãos administradores da educação escolar oferecida a estes indígenas. Diante disto, nos propusemos a construir este texto pautados em teorias de autores como Oliveira(1988), Foucalt(1987), Alonso (1996) e Conh (2005). Escolhemos desta forma, tanto para pensar a educação na antropologia, a partir de noções de poder, território e situações de rupturas e alianças. Além de tecer análises sobre o papel dos agentes sociais envolvidos. Assim, a partir deste ensaio, tem-se que a educação escolar oferecida para os Indígenas Tembé são marcadas por lutas na busca pela garantia da interculturalidade, do bilingüismo, da especificidade e da diferenciação, propostos na Constituição Federal. Mas que, apesar de não haver garantia total do que diz a lei, a escola vem se apresentando como espaço de luta e fortalecimento destes indígenas por seus direitos.