Trabalho para Mesa Redonda
MR 35: Infâncias Migrantes e Refugiadas: entre pesquisas etnográficas e políticas públicas
Educação a distância e feminização da migração no Brasil: trajetórias educacionais e narrativas
migrantes
Desde 2015, o Brasil vem sofrendo um processo de feminização das migrações, particularmente pelo aumento
do número de mulheres nas migrações dos países do Sul-Global. Além disso, junto ao aumento do número de
mulheres, observou-se um aumento da chegada de crianças e adolescentes. No entanto, o país registra
deficiências, tanto de dados sobre crianças imigrantes e refugiadas no país, como de dados referentes à
inserção escolar desse público. No âmbito educacional, as tecnologias digitais oferecem oportunidades de
compartilhamento e colaboração à distância, além de facilitar o acesso a recursos online e a novos tipos de
ferramentas e pedagogias. No Brasil, no entanto, o ensino e o uso de tecnologias em ambientes educacionais
são limitados pela falta de investimento em infraestrutura e equipamentos de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), pela conectividade das escolas, pela falta de conteúdo aberto e pela ausência na formação
da comunidade escolar. Utilizando, predominantemente, de métodos qualitativos, esta pesquisa pretende
problematizar as condições que permeiam o acesso de meninas e mulheres à educação e às tecnologias
educacionais no Distrito Federal, considerando as diferenças entre os grupos que possuem maior dificuldade
de acesso, particularmente as meninas e mulheres migrantes e suas famílias.
© 2024 Anais da 34ª Reunião Brasileira de Antropologia - 34RBA
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