Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 080: Ontologia e Linguagem: línguas indígenas, artes verbais e retomadas linguísticas
A (re)existência dos povos indígenas nas entranhas do sertão baiano: uma breve história social e
linguística
Este artigo pretende explorar a história social e linguística dos povos indígenas no sertão baiano, com
um enfoque específico na família Kariri, pertencente ao tronco Macro-Jê, por meio das abordagens da
Linguística Histórica e História Social Linguística. O texto enfatiza o impacto violento do processo de
colonização, que resultou na supressão e apagamento dos elementos históricos e socioculturais dos povos
nativos, revelando a diminuição da diversidade linguística e os danos infligidos às línguas indígenas. A
pesquisa almeja compreender a resistência, organização e legado dos povos indígenas no semiárido baiano,
considerando a relevância das línguas pertencentes ao tronco Macro-Jê, e a imperatividade de salvaguardar a
diversidade linguística e cultural que o caracteriza. A metodologia empregada é baseada em pesquisa
bibliográfica para investigar o processo histórico e compreender a formação do semiárido baiano por meio dos
atravessamentos históricos do período colonial, na intenção de visualizar a configuração em tempo atual. A
força dos povos indígenas e do tronco Macro-Jê são reconhecidas como componentes fundamentais na
configuração étnica e linguística da Bahia, consequentemente do Brasil. Entretanto, enfatiza-se que ainda há
muito a ser desvendado e protegido, incumbindo-nos a tarefa contínua de explorar e respeitar a herança
linguística e cultural dos povos indígenas, promovendo políticas inclusivas e práticas de preservação que
garantam a perpetuação de suas tradições e conhecimentos ancestrais.
© 2024 Anais da 34ª Reunião Brasileira de Antropologia - 34RBA
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