Trabalho para Mesa Redonda
MR 33: Fronteiras LGBTI+: olhares antropológicos compondo histórias brasileiras
Teoria e prática no combate às desigualdades através da descolonização e refutação epistemológica
transmasculina
Por que escolher esse tema? Parto do presuposto que o ato de escrever exige inicialmente uma escolha,
seguido de uma invocação que, muitas vezes, já possui uma linha de tempo ou não, de forma diversa ou não,
mas que precisamos entender algo e ao mesmo tempo produzir questionamentos. Sendo assim, escolher esse tema
é perceber sua importância e urgência. Dito isto, pego emprestado minhas lentes na tentativa de traduzir
cientificamente esse universo que também, de uma certa forma, carrega meu material genético subjetivo.
No momento em que reverberam as reivindicações dos lugares de fala (Djamila, 2017) e que os ânimos se
exaltam entre a ciência e a militância, penso ser importante reconhecer as transmasculinidades nos debates
epistemológicos. A ideia, desse artigo, é desconstruir essa invisibilidade mediante um olhar interseccional
(CRENSHAW, 2002), fugindo das análises simplistas que insistem na universalidade, gerando exclusão e mortes.
Nesse sentido, este trabalho problematiza técnicas de enfrentamento ao capitalismo patriarcal apresentando
outras possibilidades de construções corporais e identitárias através da política transmasculina.
PALAVRAS-CHAVES: Transmasculinidades; Descolonização; Refutação Epistemológica
© 2024 Anais da 34ª Reunião Brasileira de Antropologia - 34RBA
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