Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 090: Religiões afro-ameríndias entre Norte e Nordeste do Brasil: territórios, trânsitos e práticas
Som, fluxo e música na Umbanda: Noções etnomusicológicas sobre as energias nos rituais de umbanda.
Este estudo, como o título já sugere, trabalha com as noções de som, fluxo e música no contexto da
Umbanda cearense. O terreiro pesquisado é o Centro Espírita de Umbanda Jesus Maria e José (atualmente
coordenado por Mãe Gardênia de Iansã) que, fundado em 1956, representa um dos terreiros mais antigos da
cidade de Fortaleza e do Ceará como um todo. Uma característica fundamental do Terreiro são suas práticas
que mesclam elementos do catolicismo, das religiões de matrizes africanas e da pajelança cearense,
resultando assim em performances, sobretudo sonoras, provenientes de tal contexto. Trazendo os conceitos de
percepção (principalmente a sonora) debatidos por Tim Ingold (2008) e o conceito de música de Anthony Seeger
(2015), relaciono-os com o contexto dos conceitos, da história e das práticas dos povos de terreiro. Após
descrever o C.E.U. Jesus Maria e José em relação às suas práticas e formas de viverem a umbanda, destaco o
papel da música durante seus diferentes rituais (incluindo giras, firmamentos e festas). Além disso, o grupo
artístico Torres de Oyá do C.E.U. Jesus Maria e José também é trabalhado na pesquisa, visto que, nesse
ponto, a música vai para além do espaço da Casa. Ao final organizo e transcrevo as músicas trabalhadas pelo
Terreiro e compreendo como as mesmas se organizam.
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