ISBN: 978-65-87289-36-6 | Redes sociais da ABA:
Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 058: Experiências com laudos antropológicos no Brasil profundo
É possível converter a experiência pericial em ensino de Laudos antropológicos”?
Respondendo a um cenário em que emerge, de forma eloquente, uma demanda por profissionais da antropologia a fim de atuarem em situações extra-acadêmicas diversas, a ABA passou a recomendar que graduações em antropologia ou em Ciências Sociais e PPGs em Antropologia mantenham em seus currículos componentes que tratem exclusivamente da produção de laudos antropológicos, estratégia que qualificaria profissionais no atendimento das demandas por laudos e, igualmente, faria frente a profissionais sem formação mínima em antropologia que pretendem atendê-la. Mas, é possível ensinar a ”fazer laudo”? Como - a partir de experiências etnográficas de situações de perícia cujo sentido emerge do emprego conjunto de conhecimentos gerais e específicos dos campos da antropologia e do direito - qualificar profissionais em formação para que lidem com suas próprias experiências de situação de perícia”? A comunicação pretende refletir sobre tais questões problematizando três experiências de perícia antropológica do autor, a saber, a produção de um laudo antropológico de acompanhamento do processo de obtenção de anuência prévia para acesso a conhecimento tradicional associado à patrimônio genético, realizado junto a uma comunidade ribeirinha do PA; e a produção de dois laudos periciais realizados para a JF junto a comunidades quilombolas do interior do CE e de SE.