Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 058: Experiências com laudos antropológicos no Brasil profundo
É possível converter a experiência pericial em ensino de Laudos antropológicos?
Respondendo a um cenário em que emerge, de forma eloquente, uma demanda por profissionais da
antropologia a fim de atuarem em situações extra-acadêmicas diversas, a ABA passou a recomendar que
graduações em antropologia ou em Ciências Sociais e PPGs em Antropologia mantenham em seus currículos
componentes que tratem exclusivamente da produção de laudos antropológicos, estratégia que qualificaria
profissionais no atendimento das demandas por laudos e, igualmente, faria frente a profissionais sem
formação mínima em antropologia que pretendem atendê-la. Mas, é possível ensinar a fazer laudo? Como - a
partir de experiências etnográficas de situações de perícia cujo sentido emerge do emprego conjunto de
conhecimentos gerais e específicos dos campos da antropologia e do direito - qualificar profissionais em
formação para que lidem com suas próprias experiências de situação de perícia? A comunicação pretende
refletir sobre tais questões problematizando três experiências de perícia antropológica do autor, a saber, a
produção de um laudo antropológico de acompanhamento do processo de obtenção de anuência prévia para acesso
a conhecimento tradicional associado à patrimônio genético, realizado junto a uma comunidade ribeirinha do
PA; e a produção de dois laudos periciais realizados para a JF junto a comunidades quilombolas do interior
do CE e de SE.
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