Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 064: Gêneros, sexualidades e corpos plurais: abordagens antropológicas de práticas esportivas
A ANTROPOLOGIA DO DESENHO DO CORPO NÃO BINÁRIO: Contribuições da hipertrofia no fisiculturismo sobre
transgeneridade.
O projeto se baseia na análise da produção corporal de pessoas não binárias atletas de fisiculturismo em
disputa no Primeiro e Único Campeonato de Fisiculturismo para Homens e Mulheres Trans e Não-Bináries do
Brasil (transmusclebr, no instagram). Questões de conforto são desenvolvidas na pesquisa em relação com o
campo de antropologia das emoções e do desenho para isto. Investiga-se a estabilização de conforto do gênero
não binário corporificado no desenvolvimento do alinhamento da transgeneridade com hipertrofia (o movimento
de desenvolver músculos maiores). Como guia das noções de conforto não binário, parte-se da relação de
documentos e retificação de nome e gênero de pessoas transgêneras não binárias alinhadas com o
desenvolvimento da pesquisa e com o protagonismo em experiência da pessoa autora da dissertação em produção.
A legislação sobre a transgeneridade apresenta o campo em análise que se esgota na medida em que a produção
corporal não é legislada. Desta forma, a interrogação da pesquisa em investigar a produção dos corpos não
binários transgêneros avança sobre o conforto de um corpo desenvolvido, este representado pelas pessoas
atletas de fisiculturismo que pleteiam o sucesso corporal associado as definições possíveis no esporte de
seu gênero, sobre o corpo transgênero. Neste processo, também são localizadas reflexões sobre: o fazer
antropológico, corpo trans em análise, noções de transgeneridade e metodologia bola de neve (ALBUQUERQUE,
2009).
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