Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 087: Práticas espirituais na África e nas Américas
Territorialidade, patrimônio e encantaria: o caso do terreiro de Egito em São Luís - MA
Este trabalho tem como objetivo compreender os elementos políticos e legais que envolvem os povos de
terreiro e as questões ambientais, direitos territoriais e seus espaços sagrados. Teremos como analise as
estratégias dos povos de terreiro, coletivos e representantes do governo do Estado do Maranhão, no processo
de patrimonialização do terreiro do Egito, localizado na Zona Rural de da Capital São Luís. É importante
ressaltar que o terreiro do Egito é um dos mais antigos do estado não é uma ruína de um terreiro construindo
de alvenaria, suas relações com a memória dos povos de terreiro não se limita a noção de patrimônio de pedra
e cal, ele é parte de um território sagrado, de encantaria ou de encantes. O terreiro do Egito, teve muitos
filhos de santo, diferente de outas casa de tambor de mina tradicional, iniciando vários homens na religião,
foi fundado por uma africana e é localizado no topo de uma elevação, seu espaço é composto por várias
árvores de cajueiro, marcando uma espacialidade, um tipo de abrigo. Desde 2014, o terreiro ganha
notoriedade por conta do conflito na Vila Cajueiro, onde se pretendia a construção de um porto comercial.
Essa ação resultou na retirada forçada de moradores da reserva. Por conta desde fato as negociações entre o
governo no estado, lideranças de terreiros e a comunidade de pescadores e extrativistas ganha novos rumos
que iremos discutir.
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