Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 036: Cidades: espaço construído e formas de habitar
Fazer-Cidade a partir do Programa Minha Casa Minha Vida Faixa 1 na Região Metropolitana de Goiânia.
A pesquisa propõe compreender a situação socioespacial dos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida (Faixa 1) na Região Metropolitana de Goiânia, questionando as relações entre o Fazer-Cidade e o Direito à Cidade a partir da ideia entre Marginalidade e Centralidade articulada sob interesses econômicos e políticos e a defesa do direito à moradia. A partir da necessidade de entender a organização e o processo habitacional oferecido pelo Programa e as condições dos modos de vida. A ideia de habitar um espaço vai além de uma simples ocupação, é a produção da vida e da constituição do ser social. Pensando a Cidade como um corpo diverso, visualiza-se vários interesses que apesar de, muitas vezes, opostos, são o que de fato mantem e perpetuam relações políticas e de poder. Não fugindo de uma lógica capitalista que estrutura os espaços sociais como campos de produção econômicos, disputas por conquistas de territórios, nos centros urbanos acabam formalizando um grande acordo entre setores públicos e privados que determinam o que vem a ser o centro/centralidade e a margem/marginalidade, entendido na maioria das cidades como espaços elitizados e espaços precarizados, facilmente observáveis através da segregação geográfica e de desigualdades. No Brasil o programa Minha Casa Minha Vida surge como um importante motor político e econômico para a formação social urbana, incentivo por meio do Governo Federal que capacita, ainda mais, o setor habitacional como meio estabilizador da economia. A metodologia utilizada durante a pesquisa foi desenvolvida através do trabalho de campo e aplicação de questionários nos empreendimentos selecionados do Programa Minha Casa Minha Vida juntamente com o levantamento bibliográfico, reuniões presenciais e virtuais, para a compreensão da produção de moradia observada na Região Metropolitana de Goiânia. As cidades visitadas foram Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Guapó, Goiânia, Bela Vista de Goiás e Hidrolândia, entre setembro e novembro de 2019. A partir da ramificação geoespacial, o olhar atento às marginalidades inaugura o principal ponto de partida dos estudos urbanos/da cidade, revelando os atores sociais e políticos e a construção de paisagens que moldam características sociais necessárias para o entendimento da totalidade do que constitui Cidade, do papel das pessoas em suas transformações e de problemáticas que se entrelaçam em um ambiente conflituoso e múltiplo.
Palavras-chave: Urbanização, Fazer-Cidade, Empreendimentos, Moradia