Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 058: Experiências com laudos antropológicos no Brasil profundo
Do registro dos espaços nos laudos judiciais e administrativos ao mapeamento de terras e águas
tradicionalmente ocupadas por comunidades Guató no Pantanal
O objetivo desta comunicação é apresentar alguns dos procedimentos científicos recorridos à produção de
laudos sobre áreas tradicionalmente ocupadas por comunidades indígenas no Centro-Oeste. São estratégicas
científicas especialmente recorridas para o registro de espaços ocupados de diversas maneiras: habitações,
roças, cemitérios, sítios arqueológicos, lugares de caça, pesca, manejo florestal etc. Os laudos de que
tratam este trabalho foram produzidos sobre quatro terras indígenas: T.I. Buriti (2003) e T.I. Ñande Ru
Marangatu (2007), em Mato Grosso do Sul; T.I. Santuário dos Pajés (2011), em Brasília; T.I. Baía dos Guató
(2017), em Mato Grosso. A partir das experiências acumuladas durante a produção desses laudos, sendo três
destinados à Justiça Federal e um à Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), são apresentadas as
estratégias científicas recorridas em recentes trabalhos, voltados para o mapeamento de terras e águas
tradicionalmente ocupadas por comunidades Guató no Pantanal. São estudos cujo propósito maior é atender a
demandas que envolvem a reivindicação de duas áreas: uma anexa à Terra Indígena Guató e outra relativa ao
território da comunidade da Barra do São Lourenço, ambas localizadas na divisa entre os estados de Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul.
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