Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 093: Ritmos negros e periféricos: Hip-hop, Música e Identidades
Que Rap é esse? Histórias E Narrativas Do Movimento Hip Hop Em Mato Grosso Do Sul
Este trabalho visa contribuir com os estudos que têm sido reconhecidos como parte do empreendimento dos
Hip-hop Studies e apresenta o conjunto de reflexões parciais realizadas com o objetivo de estabelecer
reflexões historiográficas consistentes sobre a História e historiografia do Hip Hop na diáspora
afro-atlântica (Butler, 2020). Partindo dos estudos de Anna Raquel Motta de Souza (2005) e Volnei José Righi
(2012) apontamos certa limitação metodológica quanto à escrita e teoria da história do Hip Hop. Os textos
são tomados como fontes históricas que informam as narrativas autorreferentes do movimento e cultura Hip
Hop. Além disso, articulamos fontes digitais publicadas nos sites Rap Dab (rapdab.com.br) e Campo Grande
News (campograndenews.com.br) que centralizam a polifonia narrativa do Hip Hop como desafio específico a
historiografia. Desse modo nos propomos a refletir os desafios éticos e políticos levantados pela
investigação de um movimento cultural protagonizado por juventudes subalternizadas (índigenas, negros,
periféricos, etc.,) que colocam suas demandas e reivindicações nas suas expressões artísticas. Neste sentido
concluímos que o Hip Hop desorganiza os supostos estabelecidos dentro da historiografia ao construírem
sentidos dialógicos para categorias como "tradição" e "memória".
© 2024 Anais da 34ª Reunião Brasileira de Antropologia - 34RBA
Associação Brasileira de Antropologia - ABA