ISBN: 978-65-87289-36-6 | Redes sociais da ABA:
Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 004: Améfricas: retomadas na antropologia pelo pensamento indígena e da áfrica-diaspórica por meio de experimentos de linguagens e escritas contra-coloniais
“Olha, mamãe, uma empregada bebê!”: memórias, reflexões e confluências a partir de imagens e representações da existência negra na contemporaneidade
Este trabalho tem suas tecituras fincadas nas reflexões e indagações surgidas em torno de imagens e representações da existência negra na contemporaneidade. Por isso, parte das epistemologias negras da diáspora africana em confluência com a narrativa autoetnográfica. Tal como, das construções artísticas do diário de campo "Kuumba", produzido com colagens analógicas e digitais, a partir do contato estabelecido com o coletivo de artistas negras/os da Amazônia paraense "Ilustra Pretice". Além disso, é levado em consideração as proposições do mestre quilombola Antônio Bispo dos Santos (2023), e as palavras germinantes; confluências, afro-confluências e compartilhamentos. Sendo assim, os compartilhamentos se estabelecem através de memórias negras da infância/adolescência, as colagens analógicas e digitais do diário de campo, e os saberes de intelectuais negras/os, como Stuart Hall (2016), e suas propostas de contra-estratégias de representação, Zélia Amador de Deus (2008), e as herdeiras/os de Ananse, bell hooks (2019), e o Olhar Opositor, W.E.B Du Bois (2021), e o Véu Racial, Guerreiro Ramos (1995), e as questões que envolvem o Negro-Vida e o Negro-Tema, assim como as contribuições de Audre Lorde (2019), Zora Hurston (1950), James Baldwin (2020), dentre outras. Deste modo, ressaltando a importância de reflexões sobre as questões que envolvem as imagens e a representações negras no mundo contemporâneo em diferentes territórios, contextos políticos, culturais e sociais. Assim como, os impactos diretos que as imagens e representações possuem nas relações cotidianas, na psique e na existência de pessoas negras. Sendo assim, ao trazer esses debates e reflexões, é possível compreender de forma mais ampla estes fenômenos, e a partir disso, criar estratégias e possibilidades para manutenção das vidas negras.