Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 015: Antropologia digital: experiências, transformações, desafios e dilemas
“Juventudes urbanas amazônidas, cultura digital em tempos de ódio, cancelamentos e ‘fake news’: uma análise em torno das práticas sociais com juventudes em uma escola de ensino médio de Belém.”
A ambiguidade entre bem e mal, não constitui tarefa fácil ao se procurar limites através de regras e disciplinas. Em se tratando de ambientes virtuais, estes reproduzem na maioria das vezes, o que a realidade da vida cotidiana expressa nestas sociabilidades. Numa analítica antropológica, é possível afirmar que as discussões em torno das sociabilidades, dentre as quais as que afetam as interações virtuais, especificamente das juventudes, revelam certo desregramento social. A necessidade por entender em parte, as vivências digitais praticadas pelas juventudes se tornou recorrente, não apenas por meios midiáticos de comunicação, mas na realidade concreta. A vida intensa no mundo virtual mesmo com todas as vicissitudes positivas, comunicação, informação, diminuição de distâncias, trouxe um crescimento exponencial de atitudes e discursos de ódio, intolerâncias, agindo de forma invasiva e preconceituosa em seus comentários nas redes, tais situações favorecem estas conflitualidades virtuais que se concretizam na prática vivida nos cotidianos, inclusive os escolares. As redes provocaram uma relação maior entre opinões diversas, promovem uma construção e exposição de identidades, algumas vezes, sem o uso de regras, tornando se espaço favorável para que discursos conservadores se ampliem pela conectividade, pois virtualmente são capazes de se propagar e atrair cada vez mais seguidores, agora em uma dimensão global.
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