Trabalho para SE - Simpósio Especial
SE 15 - Laicidade e Democracia em Perspectiva
Por uma Antropologia da Não Subalternidade: a sociedade, o Estado Brasileiro e o Estado Laico
O racismo religioso e o crescimento do mesmo nas suas mais diversas manifestações: preconceito, intolerância religiosa, feminicídio e mortalidade negra, não são apenas fenômenos sociais, mas um processo de construção coletiva fundamentada na maioria das vezes no silencia e na omissão.
É preciso falarmos desses problemas visando despertar no espaço da academia, do pensar os desafios de quem não está nesse lugar, mas na periferia dos grandes centros urbanos. E o desafio colocado por minha fala será exatamente esse: o de trazer para esse lugar da antropologia o debate sobre o racismo religioso, os preconceitos e os efeitos desses no contexto social. É preciso pensar uma antropologia da não subalternidade, uma antropologia que possa se estabelecer numa compreensão dos fenômenos sociais modernos e seus desafios de compreender as diversas humanidades e como estas se estabelecem no contexto social.
A análise das culturas, da sociedade e das diversas e plurais formas linguísticas, devem levar em consideração a sociedade brasileira e seus processos históricos. E falar de racismo é isso. E nesse campo é fundamental para escancarar o que o racismo, o preconceito e ódio são capazes de produzir. E a alternativa que propomos é a de se buscar consolidar uma sociedade e um estado verdadeiramente laico, onde as pessoas sejam livres e respeitadas por ser elas mesmas e não que querem e se esperam delas.
© 2024 Anais da 34ª Reunião Brasileira de Antropologia - 34RBA
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