Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 049: Ensino e aprendizagem da antropologia na educação básica
Da Ufopa a Várzea, a Antropologia como ferramenta para produção de materiais didáticos para escola de ensino básico da região do Aritapera Santarém-PA
Através de trabalhos desenvolvidos pelo projeto Guardiãs da Sociobiodiversidade Amazônica em comunidades ribeirinhas do baixo amazonas do oeste paraense, foi possível identificar a ausência de materiais didáticos que retratam a realidade da comunidade, como o ecossistema local, culturas e história. Nesse sentido, sob essa demanda partindo da escola Santíssima Trindade, escola polo da região e que estava envolvida com o projeto desde o início das atividades na região do Aritapera, criou-se um plano de produção de fascículos didáticos que seriam produzidos por estudantes bolsistas de graduação do curso de Antropologia e Arqueologia em conjunto com estudantes bolsistas do ensino médio da escola, sendo os estudantes de graduação tutores dos estudantes do ensino básico.
Cada dupla com seus respectivos temas de pesquisa que já estavam em andamento, como, quelônios; capivaras; pato do mato; pirarucu e encantados e crise climática, sendo o último, meu tema de pesquisa e que será retratada essa experiência com a estudante que tutorei e com demais estudantes da escola nesta jornada de trabalhos no projeto.
Além das pesquisas desenvolvidas na região, a produção do fascículo didático seguiu por 5 etapas metodológicas, sendo primeiro, a pesquisa na comunidade; segundo, a oficina de imagens (desenhos) e versos na escola; terceiro, sistematização dos dados coletados; quarto, a montagem e produção do material e por último, a entrega do material didático na escola.
Essa atividade, foi de suma importância de aprendizado para as duas instituições de ensino (básico e superior), bem como, contribuiu levantar com os jovens das comunidades envolvidas, o reconhecimento do amplo conhecimento que há em suas regiões e o potencial artístico e cultural que estão presentes em seu dia-dia, impulsionando o conhecimento ancestral e o empoderamento de suas identidades.
Palavras chaves: comunidades ribeirinhas, antropologia no ensino básico e reconhecimento da identidade varjeira.