Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 049: Ensino e aprendizagem da antropologia na educação básica
A importância da Antropologia para a Educação das Relações Étnico-raciais (ERER)
Há 16 anos foi promulgada a Lei 11.645, que incluiu no currículo escolar o ensino sobre História e Cultura Indígena e Afro-Brasileira na educação básica. Entre os desafios que envolvem a implementação efetiva da referida legislação, é possível destacar os obstáculos na formação de profissionais de educação. Tanto nos tocante a ausência de formação continuada quanto na inclusão de disciplinas e/ou itinerários educativos que abordem a Educação das Relações Étnico-racial (ERER) nos cursos de licenciaturas das Instituições de Ensino Superior. Diante disso, o propósito desta comunicação é apresentar algumas reflexões em torno das contribuições da Antropologia para a ERER e discutir sua importância na formação de profissionais da educação e de estudantes das licenciaturas. O presente trabalho fundamenta-se nas experiências em sala de aula e nas análises das referências bibliográficas da disciplina de Didáticas das educações das Relações Étnico-raciais ofertada para os cursos de Pedagogia e Química da Universidade Federal de São Carlos no ano de 2023. Entre os pontos a serem debatidos e observados, destacam-se: 1) A invisibilidade da temática indígena nas disciplinas que abordam a temática étnico-racial; 2) possibilidades de incorporações conceituais da Antropologia em perspectivas indígenas e afrodiaspóricas; 3) A importância de um currículo pedagógico que articule na ERER os saberes sociológicos e antropológicos na formação de professores em diferentes áreas de conhecimento.
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