Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 094: Saberes Localizados, escritas de si e entre os seus: desafios político-teóricos e metodológicos nas práticas etnográficas
Eu sou, como ele é: reflexões sobre os desafios e as potências do trabalho de campo realizado em casa
O fazer etnográfico demanda dos seus praticantes uma constante atenção acerca de método, autoria, ética,
bem como, sobre o lugar da subjetividade e os limites nas relações estabelecidas entre o pesquisador e o
objeto estudado. Nesse sentido, este trabalho busca abordar quais os desafios, dilemas e possivéis vantagens
ou desvantagens que surgem no exercício do trabalho de campo, considerando a natureza dinâmica das
interações entre o antropólogo e os sujeitos que compõem a questão investigada quando estes, compartilham de
certa maneira uma mesma realidade, como por exemplo: ser homem (cisgênero), negro e periférico. Em outras
palavras, quando estes comungam de aspectos da experiência de gênero que se processam dentro de uma lógica
patriarcal, racista e capitalista. Tal reflexão de cunho metodológico emerge da minha pesquisa de doutorado
recém iniciada que se preocupa em investigar a produção e performance da masculinidade de homens negros
cisgêneros, residentes na periferia de Salvador- Bahia, sendo que eu, o antropólogo, sou como eles são.
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