Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 093: Ritmos negros e periféricos: Hip-hop, Música e Identidades
Uma batalha feita por nós, que fosse pra nós, onde as rimas não fossem afetar a gente, quem a gente é":
Battle Girl Power, ferramenta de enfrentamento ao racismo e sexismo em Belém/PA
O presente estudo concentra-se em discutir as dinâmicas estabelecidas por mulheres e pessoas LGBTQIA+ na
batalha de rima Battle Girl Power em Belém/PA, buscando apresentar se engajamento na produção deste espaço
incentiva o debate sobre marcadores sociais de gênero, raça, classe e sexualidade, possibilitando que
artistas demarquem através da rima e poesia seus posicionamentos políticos em uma sociedade que as quer
silenciadas. Pretende-se investigar se o rap, seguimento do movimento hip hop, encontra nestes sujeitos um
mecanismo de resistência e mitigação das disparidades sociais. Além disso, busca-se contribuir para o
fortalecimento do cenário hip hop na Região Metropolitana de Belém (RMB), e consequentemente, para o estado
do Pará. Para tanto, a pesquisa utiliza uma abordagem crítica combinada à entrevistas semi-estruturadas e
observação participante na batalha de rima organizada pela Battle Girl Power na 26º Feira Pan-Amazônica do
Livro. Enquanto referencial teórico este trabalho utiliza conceitos apresentados por José Guilherme Magnani
(1992), Leila Leite (2019), Patricia Hill Collins (2016) e Lélia Gonzalez (1984).
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