Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 003: Alteridades na universidade: saberes locais e diálogos críticos
Fissuras na “Alteridade” e nas “Relações Étnico-Raciais” no pensamento antropológico brasileiro promovidas pelas políticas de ações afirmativas
Este artigo consiste num exercício de reflexão acerca das tentativas de reconstrução do termo "relações étnico-raciais" que realizei durante a minha pesquisa de mestrado, na qual busquei compreender a produção de conhecimento antropológico sobre esta temática em 05 Programas de Pós-Graduação em Antropologia (Social) durante o período de 1968-2000. Reencenado este balanço, e a partir das provocações e inquietações posteriores, tenho pensado no que me possibilitou (re)articular esta discussão e de como as políticas de ações afirmativas da qual sou oriunda, foram, de forma sistemática, responsáveis por diversas transformações causadas nos mais variados campos dos saberes, e em especial na antropologia. Tal fenômeno provoca fissuras/quebras no que até então era tido como “alteridade”, bem como possibilitou a emergência de novas epistemologias que não necessariamente se pautam por tal perspectiva. Por fim, este texto se apresenta como uma dessas produções, que adentram as quebras, e aponta para a necessidade de construção de rotas de fugas e do entendimento da fuga como lugar de produção de conhecimento.
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