Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 089: Quilombos: processos de territorialização, movimentos sociais e conflitos
Resistências Amazônicas: Quilombolas e o impasse político pelo direito a titulação em áreas de polifonia
Neste trabalho busca-se retratar as formas de resistência política dos movimentos quilombolas amazônicos
de encontro a questões fundiárias que corroboram para a não titulação de territórios quilombolas na Amazônia
brasileira, especificamente no baixo amazonas, calha norte, que reúne segundo o último censo do IBGE o maior
porcentual de povos quilombolas registrados na região. Para isto terá como base da pesquisa as relações
político-sociais de organização e impasse político pelo direito a titulação em áreas de polifonia no
território quilombola (TQ) Alto Trombetas II, localizado no município de Oriximiná-PA, composto por oito
comunidades, confluindo práticas e tradições de resistência negra com dentro de unidades de conservação
ambiental e áreas de impacto da mineração da bauxita, e a questão quilombola do Quilombo do Surubiu-açu, em
Santarém-PA, sobreposto no projeto de assento agroextrativista (PAE) Aritapera. Os dados utilizados foram
extraídos a partir de análises antropológicas de reuniões entre estado e território tratados durante
realização de Pibic AC Sede (IC) CNPq, concluída, e dados coletados em campo de pesquisa de extensão (Peex),
em andamento, em prol da construção e doação do relatório antropológico do TQ. Possibilitando compreender-se
o movimento/território quilombola como espaço de incidência política, desde sua organização espacial a
social, resistindo pela titulação de reafirmação identitária via associações, constituídas com o papel
político de preservação do direito quilombola a titulação na Amazônia, assegurado pela legislação
brasileira.
© 2024 Anais da 34ª Reunião Brasileira de Antropologia - 34RBA
Associação Brasileira de Antropologia - ABA