Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 039: Crise civilizacional, neoextrativismo e giro ecológico: perspectivas para outros futuros possíveis
Tecendo uma trama com sensibilidades de mundo contra-hegemônicas frente à crise ambiental
Tendo-se como chave analítica o divisor natureza-cultura, decorrente do projeto civilizatório moderno Ocidental, procura-se tecer uma trama de múltiplos fazeres-saberes-seres contra-hegemônicos a esse malsucedido empreendimento, de tal forma a vislumbrar potenciais alternativas ao processo de agravamento da crise ambiental que testemunhamos. Nesse sentido, este trabalho, baseado em um projeto de estágio pós-doutoral, desdobra-se na busca por fazer convergir distintos núcleos de resistência alinhados com o questionamento às e/ou o desprendimento das ontologias e epistemologias euro-norte-americanocêntricas. O tecido visado compõe-se de dois grandes grupos - acadêmicos e não acadêmicos. O primeiro destes representado: pelos fenomenólogos; pelos estudos voltados às relações entre humanos e não-humanos; pelo movimento que ficou conhecido como virada ontológica; pelos autores dedicados aos estudos pós-coloniais, assim como aos estudos da modernidade, colonialidade de decolonialidade. O segundo, por sua vez, representado: por grupos subalternizados pelos processos de colonização, os quais tiveram suas sensibilidades de mundo invisibilizadas ao confrontarem a lógica inerente à expansão colonial/capitalista, ou seja, povos originários e populações tidas como tradicionais, como, por exemplo, caiçaras, extrativistas, quilombolas e ribeirinhos; e por coletivos (grupos, associações, ONGs etc.) voltados à causa ambiental.
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