Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 012: Antropologia das Emoções
Reflexões sobre família, ciúmes e sexualidades entre pessoas não monogâmicas sob a luz da Antropologia das emoções
O presente trabalho surge através de reflexões e inquietações que tive na escrita do meu projeto de mestrado em Antropologia Social. Este trabalho busca reunir um levantamento bibliográfico do que vêm sendo produzido no país envolvendo estudos sobre não monogamias, e portanto, investigando a dimensão moral da vida emocional no âmbito de gênero, sexualidades e dissidências sexuais, compreendo as relações não monogâmicas como dissidências sexuais e amorosas do modelo diádico e exclusivo, hegemônico nas sociedades ocidentais (PILÃO; BARBOSA; BORNIA JR; SILVÉRIO, 2021). Estes, questionam a norma regulatória da sexualidade e da família no ocidente: a monogamia. Entendendo as emoções enquanto categorias entrelaçadas na vida social e que conferem significado às experiências individuais, meu objetivo é, através da bibliografia da área de Antropologia das Emoções e junto à pesquisas mais recentes realizadas em solo nacional que discutem sobre não monogamias e arranjos de relações não-monogâmicos, assim, anseio pesquisar como essas pessoas nesses contextos e identidades compreendem e (re)inventam conceitos como família, ciúmes e/ou práticas não exclusivas de sexualidade, refletindo como sexualidades não hegemônicas vêm sendo (ou não) transformadas e ressignificadas. Pesquisas etnográficas sobre não monogamias no Brasil já ocorrem em programas de pós-graduação de algumas cidades do país, como em Porto Alegre (BORNIA JR, 2018), Brasília (FRANÇA, 2016), Recife (CAVALCANTI, 2018), e Belo Horizonte (pesquisa comparativa entre esta cidade e Lisboa, a qual está ainda em andamento e sendo realizada pela pesquisadora Maria Silvério), as quais pretendo utilizar como algumas das referências da pesquisa
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