Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 005: Antropoceno, Colonialismo e Agriculturas: resistências indígenas, quilombolas e camponesas diante das mutações climáticas
Reflorestando a resistência: o debate contemporâneo sobre florestas entre povos indígenas, quilombolas, movimentos sociais e empresários.
O debate em torno de práticas de reflorestamento e agricultura agroflorestal tem alcançado crescente reconhecimento em relação à promoção da biodiversidade, autonomia de comunidades, soberania alimentar, produção de alimentos saudáveis, valorização de agriculturas tradicionais indígenas e quilombolas, assim como por promoverem melhores condições ecológicas e produtivas a longo prazo. Este trabalho traça um panorama destes debates, para isso iremos fazer um exercício de equivocação controlada entre diferentes perspectivas sobre o plantio de florestas e agroflorestas. Através de uma revisão bibliográfica, utilizando um levantamento multidisciplinar de trabalhos recentes sobre plantio florestal e agroflorestal iremos identificar e contrastar as perspectivas da agricultura sintrópica de Ernst Götsch, do discurso em torno de alguns dos grandes produtores agroflorestais privados, da teoria antropológica das florestas antropogênicas, de trabalhos sobre a gênese florestal segundo povos indígenas como os Ka’apor, Wajãpi, Kayapo e Yanomami; a relação entre as florestas e os quilombos segundo a proposta contra colonial de Antonio Bispo dos Santos e da ecologia decolonial de Malcom Ferdinand; da forma como a agrofloresta esta presente nos “Cadernos de Agroecologia” (2020) do Movimento Sem Terra (MST), denominado “Subsídios para construir o Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis” e no livro manifesto da Teia dos Povos “Por Terra e território: caminho da revolução dos povos no Brasil”.
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