ISBN: 978-65-87289-36-6 | Redes sociais da ABA:
Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 095: Saberes plurais em torno do uso de drogas
O uso do álcool como fator adjutor da dominação do colonizador sobre os povos indígenas brasileiros.
O artigo analisa o uso do álcool como instrumento de dominação dos povos indígenas brasileiros pelos colonizadores, destacando suas origens históricas, consequências e a necessidade de abordagens holísticas para enfrentar esse problema. Desde os primeiros contatos entre europeus e indígenas no Brasil, o álcool foi utilizado para estabelecer relações desiguais de poder, fragilizando estruturas sociais e culturais nativas. A imposição do consumo de álcool pelos colonizadores contribuiu para doenças, violências e conflitos internos nas comunidades indígenas. A contextualização histórica revela que o álcool sempre foi parte integrante da sociedade, incluindo os povos indígenas brasileiros. Desde a colonização portuguesa, houve imposição da cultura eurocêntrica e uso do álcool como ferramenta de controle e submissão das populações nativas, facilitando a exploração dos recursos e a imposição da religião católica. As consequências do uso do álcool são diversas e devastadoras. O aumento do consumo levou ao alcoolismo e dependência, contribuindo para problemas de saúde física e mental, como doenças crônicas não transmissíveis e taxas crescentes de suicídio. Além disso, o álcool afetou as estruturas sociais e culturais das comunidades, gerando conflitos internos e desintegração social. A conclusão ressalta a urgência de políticas públicas efetivas que protejam os direitos e promovam a saúde das comunidades indígenas, considerando suas especificidades étnicas. É necessário um debate amplo e inclusivo sobre as práticas coloniais ainda presentes na sociedade brasileira, buscando superar injustiças históricas e promover uma abordagem holística para enfrentar o problema do uso do álcool como ferramenta de dominação dos povos indígenas brasileiros.