Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 095: Saberes plurais em torno do uso de drogas
O uso do álcool como fator adjutor da dominação do colonizador sobre os povos indígenas brasileiros.
O artigo analisa o uso do álcool como instrumento de dominação dos povos indígenas brasileiros pelos
colonizadores, destacando suas origens históricas, consequências e a necessidade de abordagens holísticas
para enfrentar esse problema. Desde os primeiros contatos entre europeus e indígenas no Brasil, o álcool foi
utilizado para estabelecer relações desiguais de poder, fragilizando estruturas sociais e culturais nativas.
A imposição do consumo de álcool pelos colonizadores contribuiu para doenças, violências e conflitos
internos nas comunidades indígenas. A contextualização histórica revela que o álcool sempre foi parte
integrante da sociedade, incluindo os povos indígenas brasileiros. Desde a colonização portuguesa, houve
imposição da cultura eurocêntrica e uso do álcool como ferramenta de controle e submissão das populações
nativas, facilitando a exploração dos recursos e a imposição da religião católica. As consequências do uso
do álcool são diversas e devastadoras. O aumento do consumo levou ao alcoolismo e dependência, contribuindo
para problemas de saúde física e mental, como doenças crônicas não transmissíveis e taxas crescentes de
suicídio. Além disso, o álcool afetou as estruturas sociais e culturais das comunidades, gerando conflitos
internos e desintegração social. A conclusão ressalta a urgência de políticas públicas efetivas que protejam
os direitos e promovam a saúde das comunidades indígenas, considerando suas especificidades étnicas. É
necessário um debate amplo e inclusivo sobre as práticas coloniais ainda presentes na sociedade brasileira,
buscando superar injustiças históricas e promover uma abordagem holística para enfrentar o problema do uso
do álcool como ferramenta de dominação dos povos indígenas brasileiros.
© 2024 Anais da 34ª Reunião Brasileira de Antropologia - 34RBA
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