As territorialidades específicas e as formas de resistência em comunidades quilombolas
A proposta consiste em discutir as formas de mobilização de quilombolas em unidades sociais com
territorialidades específicas diante da morosidade nos processos de desapropriação dos seus territórios para
o exercício da sua autonomia produtiva e dos seus modos de vida.
As iniciativas de resistência incluem audiências públicas com agentes governamentais para explicitação e
solicitação de informações sobre o andamento dos processos no INCRA ou nos órgãos estaduais; transformação
de direitos como o direito de consulta da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em formas de
mobilização das famílias quilombolas; construção de unidades de mobilização para formalização de denúncias;
criação dos designados centros de ciências e saberes e de coleções autodesignadas coleções quilombolas,
coleções indígenas e de quebradeiras de coco, dentre outras iniciativas. As situações das quais
explicitaremos os processos de mobilização estão localizadas prioritariamente na região conhecida como
Baixada Maranhense, com maior incidência de quilombos no chamado Estado do Maranhão.