Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 061: Formas da restituição: coleções científicas, reparação e a longa jornada de volta.
Restituição, matéria e metáfora: para uma ética decolonial de porosidade museal
Partindo da experiência curatorial num museu universitário situado em terra indígena não cedida na costa
noroeste do Pacífico, pretendo explorar situações específicas de articulação entre reclamação de bens
culturais, restituição, reparação, pós-memória, lei, economia e ética. O argumento desdobra-se com base em
processos concretos de reivindicação de coleções pelos seus proprietários culturais.
Contrastando casos locais envolvendo pertences das populações indígenas da costa noroeste do Canadá no
âmbito de uma longa história de colonialismo interno, com casos de coleções africanas remissivas a
enquadramentos imperiais, pretendo explorar como formas de conciliação patrimonial podem assumir formas que
podem parecer opostas e argumentar que a presente situação é um incentivo para o desenvolvimento de uma
ética e de práticas de porosidade (epistemológica, ética, administrativa, técnica e governativa) nos museus.
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