Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 007: Antropologia Biológica e interfaces biologia e cultura: história, pesquisas atuais e perspectivas futuras
Modelagem baseada em agentes, complexidade e antropologia ecológica no estudo da agrobiodiversidade
A mudança climática e a crise da biodiversidade são só alguns dos perigos mais imediatos causados pelo impacto das ações antrópicas no planeta. Com o objetivo de afrontar as novas crises, mudanças sistêmicas e profundas são necessárias (DÍAZ et al., 2019; IPBES, 2019). Nesse sentido, as abordagens que consideram as interações entre o ser humano e seu meio ambiente são cruciais.
Dentre as principais áreas dedicadas ao estudo da interação entre o ser humano e o meio ambiente, a antropologia, a ecologia, a biologia e a ciência política são as mais representativas; muitos dos debates são aprofundados especialmente pela antropologia ecológica. Em todo caso, para abordar esse objeto de estudo tão interdisciplinar é fundamental responder à pergunta sobre como considerar a imensa e crescente complexidade de relações entre o ser humano e o meio ambiente (BRONDÍZIO; ADAMS; FIORINI, 2017). Este texto procura ressaltar uma das respostas a essa pergunta: a Modelagem Baseada em Agentes.
Neste trabalho é proposta a Modelagem Baseada em Agentes como uma solução no problema da integração balanceada das variáveis ambientais, culturais, políticas e históricas no estudo da antropologia ecológica e/ou ambiental (BRONDÍZIO; ADAMS; FIORINI, 2017); aqui é sugerida a técnica de modelado computacional como uma ferramenta para o estudo das zonas limítrofes entre a antropologia e a biologia. A potencialidade do método radica nas oportunidades que abre para a antropologia, em geral, e para a antropologia que pesquisa as interações entre os humanos e não humanos, em particular. Após uma introdução sobre o tema da minha pesquisa (a agrobiodiversidade), as aproximações teóricas relevantes (sistemas socioecológicos e a complexidade) e a técnica utilizada para responder essas questões (Modelagem Baseada em Agentes), pretendo mostrar as potencialidades da utilização desse tipo de modelagem computacional no estudo da agrobiodiversidade e nos trabalhos referentes às interações entre o ser humano e o meio ambiente.
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