Apresentação Oral em Grupo de Trabalho
GT 022: Antropologia e Povos Indígenas em Contextos Nacionais Diversos
As dinâmicas sociais indígenas em Roraima: poder e alteridade
Este trabalho tem como o objetivo de aprofundar e explicar, onde partindo do princípio que as organizações e as mobilizações indígenas em Roraima não surgem de forma isolada e única, mas é na sua essência, um movimento heterogêneo, com diversas vozes de lideranças indígenas e não indígenas em todas as suas esferas antropológicas, históricas, jurídicas e étnicas. A ênfase da pesquisa engloba os indígenas Macuxi na Terra Indígena Raposa Serra do Sol e a Igreja Católica como agente sociopolítico de um tipo de indigenismo na construção dos processos de reafirmações identitárias e dinamismos sociais indígenas, de relações interétnicas e de contato, assim como as mobilizações indígenas com o grande movimento para a construção de direitos conquistados pela Constituição Federal de 1988, a análise de laudos antropológicos e jurídicos debatendo a questão do território da TIRSS e seus andamentos até a homologação da território. Partindo-se da noção de pessoa elaborada por Cunha ( 1986), na qual discute essa relação, parece ser precisamente a atribuição da amizade formal que, jogando com a alteridade, instaura uma dialética, um princípio dinâmico que funda a pessoa como ser de autonomia. Nesse sentido, a amizade formal, em seu duplo aspecto de evitar as relações de prazenteiras, é uma modalidade de um processo de construção da pessoa. Se instaura, então, distância e subverte a ordem.
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