Redes sociais da ABA:
GT 053. Políticas patrimoniais, conservadorismo político e os novos desafios da antropologia
Apresentação Oral em GT
Rosani Moreira Leitão, Nei Clara de Lima (UFG) Rosani Moreira Leitão (UFG)
Salvaguarda do Patrimônio cultural Iny / Karajá: diálogo intercultural e work compartilhado
Autoras: Nei Clara de Lima (UFG) e Rosani Moreira Leitão (UFG) As patrimonialização e salvaguarda de bens culturais no Brasil é recente, tendo sido instituída pelo Decreto Nº 3.551/2000, que cria o registro de bens culturais de natureza imaterial e o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) no âmbito do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O Estado brasileiro passa então a criar instrumentos e a empreender ações com o objetivo de mapear, documentar e apoiar as manifestações culturais para além da suas materialidades. Neste contexto, as bonecas de cerâmica Karajá foram registradas como patrimônio cultural do brasileiro, em janeiro de 2012, possibilitando o posterior desenvolvimento de uma política de salvaguarda voltada não só para este bem cultural, mas também para o fortalecimento de todo o patrimônio cultural Iny/Karajá. Partindo da atuação das autoras, bem como dos Karajá, sobretudo das mulheres ceramistas e dos jovens, na pesquisa que fundamentou o processo de registro acima mencionado, bem como nas primeiras ações de salvaguarda voltadas para o mesmo, apresentamos uma reflexão preliminar acerca desses processos. Percebemos que, apesar de existir uma política de apoio aos projetos dos povos detentores de bens culturais registrados, percebe-se uma inadequação nas estruturas burocráticas das instâncias responsáveis por tais políticas, implicando em restrições que dificultam, quando não inviabilizam, o desenvolvimento das ações propostas.