GT 037: Indígenas, Quilombolas e outros Povos e Comunidades Tradicionais em Situações Urbanas: identidades, territórios e conflitos.
Pôster em GT
Kelly Priscila Barbosa Maciel
Populações tradicionais, jovens e educação formal: um estudo na comunidade Vila do Céu (Soure/PA)
Situado na temática das populações tradicionais e questões de gênero este work resulta de estudo que está sendo realizado no âmbito de um work de Conclusão de Curso em Ciências Sociais. Tal work sendo beneficiário da experiência de monitoria na disciplina Formação Social e Econômica da Amazônia, o que têm possibilitado a sistematização de parte do referencial teórico que sustenta a questão sociológica abordada na comunidade Vila do Céu, localizada na zona rural do município de Soure/Ilha do Marajó. Analisando-se a constituição das experiências sociais e culturais na Amazônia, a partir do século XVI percebe-se a permanência de modos de vida, conhecimentos e práticas econômicas que mais recentemente têm sido abordados como tradicionais em oposição, principalmente ao projeto de desenvolvimento moderno. Busca-se compreender como jovens que podem ser identificados com as experiências sociais (modo de vida, saberes e práticas) das populações tradicionais da Amazônia vivem a realidade da escolarização formal que, em certa medida, possibilita a saída deles dos seus locais de origem, afetando assim as condições de reprodução da vida de segmentos sociais identificados com a conservação dos recursos naturais e melhor adaptados a um ambiente valorizado pela biodiversidade e sociodiversidade, interpretação que vem se legitimando cada vez mais desde a década de 90, contexto marcado pela “ambientalização” e dentro disto, marcado por muitas iniciativas na Amazônia orientadas por outras ideais de desenvolvimento. Sobretudo o olhar aqui volta-se para as jovens que deixam a Vila do Céu dirigindo-se para viver na cidade e continuar os estudos. Logo procede-se a pesquisa utilizando-se o método da observação livre, entrevistas e conversas informais com os/as jovens. As repercussões da escolarização formal, da saída principalmente dessas jovens, estimuladas pela expectativa de melhoria das condições de vida através da escolarização, nas condições de existência de uma comunidade tradicional constitui a problemática central do work.