GT 056: Racismo no Plural nas Américas: Situando Povos Indígenas e Afro-Indígenas
Apresentação Oral em GT
Valmir dos Santos Batalha
Os Povos Pipipã e a luta pelo reconhecimento
Este pretende contribuir para uma reflexão do povo Pipipã que foi aldeado no Sitio Jacaré no sertão de Pernambuco pelo missionário capuchinho frei Vital Frescarolo. O Povo Pipipã foi reconhecida pela FUNAI em 2003, mas mesmo com esse reconhecimento, quase nada mudou na vida de tantos homens, mulheres e crianças que, embrenhados na caatinga do sertão nordestino, são “ignorados” por aqueles que deveriam protegê-los e pela sociedade.
Neste contexto, apresentamos a luta pela demarcação das terras tradicionais pertencentes a essa nação castigada, não só pelo tempo, mas pelas políticas sociais e o racismo.
A nação Pipipã é essencialmente cultural e religiosa na execução dos seus ritmos e ritos ( Aricuri, mesa, Jurema), desde os rituais de cura ao Toré: dança executada em qualquer tempo no Terreiro ou em um salão de cura. Nesta sincronia, o grupo luta não só pelo direito à terra como também por políticas públicas e reconhecimento pela sociedade.