Redes sociais da ABA:
GT 011. Antropologia da Moral e da Ética
Apresentação Oral em GT
Emili Almeida da Conceição
"Ele não é um bom filho de santo!"
Sob inspiração do work de Rabelo (2016) tentarei explorar aqui, de maneira despretensiosa, a questão da ética a partir do candomblé (religião afro-brasileira). Compreendendo que para pensarmos em termos éticos diante das práticas desta religião primeiro é preciso voltar a atenção para as relações entre diversos tipos seres (considerando as entidades, por exemplo). E depois, para os contextos práticos, onde os processos de responsabilização e julgamento emergem. A partir da história de um adepto, de um terreiro localizado na periferia da cidade de Salvador-Bahia, de algumas vivências em campo e de leituras como as de Caroline Humphrey (1997) e Joel Robbins (2015) procuro refletir acerca dos modos como um candomblecista (praticante da religião) pode ser avaliado como um bom, ou mau, filho de santo (termo também utilizado para fazer referência aos adeptos). Para além do cumprimento de regras de conduta e da hierarquia presente no terreiro, argumento que é preciso atentarmos para as práticas de cuidado de si e dos outros, que envolvem estas relações, como práticas éticas.