Redes sociais da ABA:
GT 002. A contribuição da perspectiva antropológica sobre o uso de substâncias psicoativas para o debate atual em torno das
Apresentação Oral em GT
Yuri José de Paula Motta, Perla Alves
A importação do Canabidiol no Brasil: uma análise quali e quanti dos pedidos realizados à ANVISA
A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tem como uma de suas finalidades institucionais promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle da produção e consumo de produtos e serviços. Nos anos de 2015 e 2016, a ANVISA retirou o Canabidiol e outros canabinóides em forma de extração vegetal da lista de substâncias proscritas, o realocando para uma lista de medicamentos extremamente controlada, exigindo apenas que o produto tenha registro em seu país de origem. Ou seja, a obtenção desse medicamento apenas é permitida na forma de importação, sendo que no Brasil a planta Cannabis Sativa L., -popularmente conhecida como maconha – que é a base para a produção da substância, continua proibida. Este work objetiva analisar qualitativamente e quantitativamente os pedidos realizados à ANVISA para importação do Canabidiol no Brasil. Pretendemos deslocar nosso olhar para dois modos de produção de conhecimento acerca do tema: um sobre a experiência e outro a partir da experiência. (POLICARPO, 2016) O primeiro corresponde a um conhecimento normativo, abrangendo dados quantitativos sobre os pedidos realizados em todo país, e o segundo a conhecimentos particulares, produzidos a partir da experiência dos próprios “pacientes”, este tendo um recorte limitado a cidade do Rio de Janeiro. Os pesquisadores e autores deste paper são integrantes do projeto “As políticas em torno da maconha: produzindo conhecimento sobre o seu uso medicinal e as articulações com a lei e a medicina” (CNPq), coordenado pelo Prof. Dr. Frederico Policarpo (InEAC/UFF), pretendemos então, apresentar uma parte de seus resultados.